BTG Pactual

BTG Pactual vê nova Previdência improvável antes de 2018 e Ibovespa a 52 mil

23 maio 2017, 18:00 - atualizado em 05 nov 2017, 14:02

O BTG Pactual espera que a incerteza política no Brasil dure um “longo período” e que ameaça o Ibovespa para quedas até entre os 52 mil e 55 mil pontos, aponta um relatório enviado a clientes e assinado por Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira. No último dia 17 de maio, o índice operava perto dos 67 mil pontos. A queda no período chega a 7%.

Veja outras recomendações de ações

“Se uma coisa está clara hoje, é que estamos de volta a um longo período de incerteza política, com implicações para as principais variáveis econômicas, incluindo o crescimento. Também está claro que, independentemente de o presidente Temer continuar ou não, é altamente improvável que a reforma da Previdência seja votada antes das eleições de 2018”, avaliam.

Leia também: BTG lista 10 ações para “blindar” portfólio à crise

Cenários

Um presidente fraco politicamente, como Michel Temer, poderá ser incapaz de manter os mínimos níveis de governabilidade, aponta o banco. “Um presidente indiretamente eleito, embora longe de ser ideal, pode pelo menos manter o governo e o Congresso funcionais e talvez passar por reformas menos sensíveis, como a reforma trabalhista”, explicam Sequeira e Teixeira.

O BTG espera que um Congresso mais à direita pode eleger um presidente alinhado com as atuais políticas econômicas. “Além disso, porque ele/ela teria sido eleito pelo Congresso, o novo presidente deve ter mínimo apoio do Congresso. Este é provavelmente o melhor cenário”, analisam.

A pior solução, argumentam, seria o da eleição direta. O país dividido provavelmente teria um resultado completamente imprevisível.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.