BTG Pactual segue script e entrega bons números; BPAC11 está entre as melhores ações para 2024, diz BB
O BTG Pactual (BPAC11) seguiu o script e entregou números bons do quarto trimestre de 2023, na avaliação de analistas do mercado.
O lucro líquido do banco totalizou R$ 2,84 bilhões, com ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido ajustado) de 23,4%, levando a um saldo positivo de R$ 10,4 bilhões no ano cheio de 2023 (e ROAE de 22,7%).
O crescimento em base sequencial (+4%) se deve a um efeito de sazonalidade melhor que o esperado nos custos, destaca o Safra.
“A companhia tem consistentemente entregado resultados mais fortes em base sequencial, começando 2024 com um novo nível de ROE”, diz.
Balanço do BTG segue dinâmica de compensações entre linhas e receitas
Para o BB Investimentos, o quarto trimestre foi caracterizado novamente por uma dinâmica de compensações entre linhas e receitas, “o que reforça a nossa visão de que o BTG continua entregando resiliência perante múltiplos cenários”.
Dessa vez, um desempenho menos forte da divisão de banco de investimentos e a queda sequencial das receitas de Sales & Trading foram compensados principalmente pelas unidades de Corporate Lending, Asset Management e Wealth Management and Consumer Banking.
Em custos, houve também uma dinâmica compensatória, afirma o BB: enquanto as despesas administrativas pesaram mais, a linha bônus foi menor dado o cálculo levando em consideração as antecipações maiores no resto do ano.
“Considerando todas as linhas de custos, o índice de eficiência veio basicamente em linha com os períodos anteriores, em 39,8%, na ponta baixa da série histórica, o que vimos com bons olhos”, completa a instituição.
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As units do BTG não são consideradas uma barganha pelo BB. Apesar disso – e embora o preço possa levantar receios em alguns investidores -, analistas seguem com recomendação de compra.
Os papéis aproveitaram um cenário de incertezas menores com o novo governo no primeiro semestre de 2023, mesmo com um mercado de ações bastante oscilante por causa do exterior.
E, mesmo com a performance “significativamente acima do mercado”, a unit do BTG segue como uma das principais escolhas do BB para 2024.
“Se por um lado o preço elevado traz receios, em nossa análise, a ação do BTG representa um exemplo de ativo capaz de sustentar tais patamares em caso de enfraquecimento do mercado, graças à robustez de suas frentes de receitas”, defende.
Outro ponto levantado pelo BB é a possibilidade de a companhia colher frutos com um eventual incremento de tomada de risco ao longo de 2024.
O BB diz que o reaquecimento do mercado de capitais é um movimento inevitável e acontecerá mais cedo ou mais tarde dentro de um contexto de queda de juros.
Para o Goldman Sachs, que avalia que os resultados permanecem fortes e tem recomendação de compra para o banco, o BTG deveria ser negociado a 12,8 vezes P/L (Preço/Lucro) para 2024 (vs. 11,2 vezes atualmente), considerando o preço-alvo sugerido de R$ 42.
O Safra vê riscos de upside (alta) para as estimativas do banco e reforça a recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”).