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BTG Pactual: no pior cenário possível, ação do banco pode subir 41% (e quem diz é o Itaú)

12 out 2021, 16:25 - atualizado em 12 out 2021, 16:25
BTG Pactual
À prova de desastre: BTG Pactual passou no teste de estresse do Itaú BBA (Imagem: Divulgação/BTG Pactual)

Responda rápido: o que aconteceria com um banco, se suas receitas recuassem aos níveis da recessão de 2015-2016; suas áreas de gestão de patrimônio e de fundos de investimento não registrassem mais aportes líquidos e, pior, passassem a gerar baixos retornos; e a inadimplência de sua carteira de crédito corporativo subisse?

A resposta mais direta é: depende. Se estivermos falando do BTG Pactual (BPAC11), a soma de todos esses problemas resultaria em uma alta de “apenas” 41% na cotação de suas units, compostas por uma ação ordinária (BPAC3) e duas preferenciais (BPAC4). E quem diz é o Itaú BBA.

Em seu último relatório, a gestora do Itaú Unibanco (ITUB4) respondeu a um pedido de seus clientes, que gostariam de saber como os papéis do BTG Pactual reagiriam a um cenário de estresse, causado pela desaceleração da economia e pela volatilidade da Bolsa.

“Há muitos mais fatores de alta, que de queda, em um cenário de baixa, e o BTG é um nome de qualidade e liquidez para navegar por águas turbulentas”, explicam Pedro Leduc, Mateus Raffaelli, Marco Calvi e Karoline Correa, que assinam a análise do Itaú BBA.

Teste de estresse

O quarteto ressalta que exagerou, deliberadamente, no cenário negativo para realizar um teste de estresse com os papéis do BTG. Os analistas destacam que o banco está mais preparado para solavancos do que na época da recessão de 2015-2016.

Primeiro, porque cresceu. Segundo, porque suas linhas de receita estão mais diversificadas e resilientes. Por fim, a experiência da equipe que comanda o banco conta pontos.

Numa atitude conservadora, o Itaú BBA projeta um lucro líquido de R$ 6,6 bilhões para o BTG em 2022. A cifra é 6% menor que o consenso de mercado. Ainda assim, seria suficiente para gerar um múltiplo de 12 vezes o preço/lucro (P/L), considerado “atrativo” pelos analistas.

O preço-alvo das units foi rebaixado dos R$ 40, propostos para 2021, para R$ 36 em 2022. Mesmo assim, isso representa uma alta potencial de 41% sobre os R$ 25 com que os papéis são negociados atualmente. Isso é suficiente para render uma recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado).

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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