BTG Pactual mantém CVC entre as preferidas e eleva preço-alvo para R$ 64
O BTG Pactual (BPAC11) divulgou nesta quarta-feira um relatório apontando que a CVC (CVCB3) segue sendo uma das principais apostas para o momento da recuperação da economia a partir do segundo semestre deste ano. Assim, a equipe decidiu por elevar o preço-alvo de R$ 60 para R$ 64, o que representa um upside de cerca de 19%.
Apesar disso, as ações da companhia são negociadas com perdas de 2,32% a R$ 52,60.
Os analistas destacam que essa avaliação vem mesmo com o reconhecimento de apenas uma margem de recuperação gradual e um capital de giro (ambos não retornam aos níveis históricos, dadas as mudanças no modelo de negócios da CVC). Apesar disso, eles entendem que há sinais de melhorias com o crescimento da confiança do consumidor e da intenção de compra.
O documento aponta que é o sucesso das iniciativas de comércio eletrônico que vai determinar o posicionamento competitivo da CVC no longo prazo. Atualmente, os analistas enxergam a negociação atual da CVC em 25x P/E 2020 (e uma sólida taxa de crescimento anual de 22% até 2025).
Balanço fraco à vista
O BTG ressalta que o segundo trimestre apresentou um desempenho fraco, atingido por provisões relacionadas à falência da Avianca e taxas de aquisição mais baixas (também relacionadas à Avianca) e SSS negativo. Com isso, os analistas não esperam uma recuperação no terceiro trimestre, já que a maioria dos efeitos negativos da margem e margem da Avianca vai ser sentida agora.
Porém, depois que a oferta de voos caiu até agosto, os números de setembro mostram normalização, impactando diretamente os preços. Assim, eles esperam que os números da CVC melhorem gradualmente a partir do quarto trimestre do ano, beneficiado também de sinergias de suas últimas aquisições e de seu modelo de negócios híbrido, com o segmento Corporativo crescendo bastante.