BTG Pactual: funcionários lucrarão mais que acionistas, e o UBS diz se isso é bom
O UBS aproveitou a divulgação dos números do BTG Pactual (BPAC11), referentes ao quarto trimestre de 2019, para dizer o que espera do banco neste ano. A sensação geral é que os funcionários lucrarão mais, proporcionalmente, do que quem investir nas ações.
O motivo é a conjugação de dois fatores. O primeiro é que o UBS projeta uma alta de 11% nas receitas totais. É mais do que os 9,9% registrados de 2018 para 2019, mas o problema é que parte disso será consumida pelo segundo fator: um aumento de 30% nas despesas com salários e bônus.
É menos que os 38% que esse item cresceu no ano passado.
Retorno menor
Mas, já é o suficiente, segundo o UBS, para reduzir ligeiramente a taxa de retorno aos acionistas, medida pelo ROAE (retorno médio sobre o patrimônio líquido). Em 2019, segundo o próprio BTG Pactual, esse indicador ficou em 19,1%. Para este ano, o UBS calcula 18,3%.
De qualquer maneira, os analistas que assinam o relatório do UBS, Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch, ressaltam que não vai deixar de gostar do BTG Pactual, por causa disso.
O banco continua como um dos “nomes favoritos na América Latina”, pelo forte lucro por ação, elevada correlação com o crescimento da economia brasileira, e o avanço do BTG Digital.
Assim, o UBS mantém a recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 82. O valor é um pouco superior aos R$ 81,45 com que as ações fecharam na quinta-feira (13) – a base de comparação do UBS.
Veja a íntegra dos resultados divulgados pelo BTG na semana passada.