Agronegócio: BTG Pactual divulga prévia de agrícolas no 4T24 e define ‘top pick’; veja
O BTG Pactual divulgou uma prévia dos resultados da 3tentos (TTEN3) e da Boa Safra (SOJA3) no quarto trimestre de 2024 (4T24). A análise classifica as empresas como “intermediários agrícolas” e reitera a compra em ambos os papéis, mas destaca um deles.
“Esperamos que a 3tentos se destaque, aproveitando seu modelo de negócios diversificado para entregar resultados sólidos. As margens do varejo devem se recuperar dos níveis baixos, enquanto os segmentos industrial e de comércio provavelmente manterão o momento positivo”, dizem os analistas.
A prévia indica que a empresa deve reportar crescimento em diversos segmentos, com receitas consolidadas de R$ 3,1 bilhões, um crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior (a/a). O Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve chegar a R$ 273 bilhões, que representa alta de 27% (a/a).
Para o segmento de varejo, o BTG espera um crescimento 23% (a/a) na receita e 28% no lucro bruto. O crescimento de volume deve chegar a 30% (a/a), impulsionado pela inauguração de novas lojas.
Em relação ao campo industrial, o banco vê o volume caindo 34% (a/a) após paradas de manutenção, ainda permitindo que a companhia atinja o guidance anual de 2.200 toneladas de soja esmagada.
A 3tentos (TTEN3) é a top pick do BTG para o setor, com preço-alvo definido em R$ 22, representando potencial de valorização de 50%. A empresa divulga seus resultados no dia 24 de fevereiro, após o fechamento do mercado.
Boa Safra (SOJA3) com trimestre mais fraco
De acordo com o BTG, o 4T24 marca a conclusão de um ano desafiador para os vendedores de insumos agrícolas, impactados por um plantio de soja relativamente atrasado no Centro-Oeste do Brasil e dificuldades financeiras entre alguns participantes do mercado, como a Boa Safra (SOJA3).
“Antecipamos outro trimestre fraco, com volumes de 2024 permanecendo estáveis (a/a), apesar da expansão de capacidade, resultando em desalavancagem operacional e pressão nas margens”, dizem os analistas.
Apesar das dificuldades, a empresa ainda deve reportar crescimento em alguns números, sobretudo nas receitas, alcançando R$1,2 bilhões, uma alta de 40% (a/a). O Ebitda deve ser de R$ 178 milhões, representando crescimento de 10% (a/a). Diante disso, os analistas ainda encaram a empresa como uma oportunidade.
“Vemos as dificuldades de 2024 como parte de um cíclico pontual para a Boa Safra e reiteramos nossa classificação de compra, pois os fundamentos e as perspectivas de crescimento da empresa ainda demonstram vigor”, destacam.
O BTG definiu preço-alvo de R$ 21 para a empresa, o que representa potencial de valorização de 106%. A Boa Safra divulga seus resultados no dia 25 de março, após o fechamento do mercado.
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