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BTG Pactual (BPAC11) perde ‘diferencial’ em relação a grandes bancos, e Itaú BBA corta recomendação

21 set 2022, 13:51 - atualizado em 21 set 2022, 13:51
BTG Pactual
Na avaliação dos analistas, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de aproximadamente 20% da companhia deixou de ser um diferencial em relação às grandes instituições financeiras (Imagem: Reprodução)

O Itaú BBA rebaixou a recomendação do BTG Pactual (BPAC11) para “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado) e introduziu um novo preço-alvo de R$ 31 ao fim de 2023, o que implica um potencial de valorização de 13,6% em relação ao último fechamento.

O BBA discorda com os múltiplos de valuation, mesmo gostando da tese no longo prazo.

“Continuamos gostando da história no longo prazo, mas vemos uma relação equilibrada de risco vs. retorno nos níveis 12 vezes P/L (preço sobre lucro) e 2,1 vezes P/VP (preço sobre valor patrimonial) para 2023”, comentam os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, em relatório divulgado nesta quarta-feira (21).

As units do BTG recuavam 4,69% perto das 13h40 desta quarta, negociadas a R$ 25,99 cada.

Segundo o BBA, as razões para a outperformance das units do BTG no ano começaram a se desgastar. Isso porque, na avaliação dos analistas, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de aproximadamente 20% da companhia deixou de ser um diferencial em relação às grandes instituições financeiras. Os resultados do BTG também passaram a se apoiar mais em capital (crédito, ganhos de juros, Sales & Trading), aproximando a discussão de múltiplos dos grandes bancos.

Para completar, o BBA destaca que os lucros relativamente maiores que o BTG apresentou em 2022 não devem se repetir em 2023, com expansão esperada de 12% no ano que vem, a R$ 8,9 bilhões.

“Se o humor do mercado mudar para melhor via taxas de juros globais, grandes bancos ou empresas de crescimento têm mais espaço para um re-rate. Se as coisas mudarem para pior, o BTG ainda tem um alto prêmio de múltiplo vs. os grandes bancos, com menos amortecimento nas estimativas e um grande prêmio implícito em outros negócios”, afirmam os analistas.

O BBA fez poucas alterações em suas estimativas para o banco. Além da revisão no lucro líquido estimado para 2023, a instituição diminuiu as projeções para os resultados em Corporate Lending, a R$ 3,9 bilhões.

O BBA estima ROE recorrente de 19,5% em 2022 e 18,7% em 2023, contra, respectivamente, 19,7% e 18,8% esperados anteriormente.

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