BTG Pactual (BPAC11): Lucro cresce mais 15% e tem recorde de R$ 3,3 bi no 4T24; no ano, alta chega a 18%
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O BTG Pactual (BPAC11) teve mais um trimestre de crescimento e encerrou a quarta etapa de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões, alta de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (09).
No ano, o banco lucrou R$ 12,3 bilhões, elevação de 18% em relação a 2023.
No relatório, o BTG destaca que reportou resultados recordes tanto para o trimestre quanto para o ano, mesmo com a deterioração do cenário macroeconômico ao longo do ano.
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“Nossa capacidade de expandir os retornos nesse cenário desafiador reflete nosso modelo de negócios cada vez mais diversificado e resiliente, que permite rápida adaptação às mudanças nas condições de mercado”, diz.
Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrimonio líquido, ficou em 23,1% no ano, crescimento ante os 22,7% do ano passado, “à medida que nos beneficiamos de uma maior alavancagem operacional e da diversificação dos nossos negócios”.
Apesar disso, o ROE ajustado nos últimos três meses de 2024 teve queda, chegando a 23%, contra 23,5% nos três meses anteriores.
Mesmo assim, o banco continua com a rentabilidade acima do Itaú (ITUB4), que encerrou o período com rentabilidade de 22%, do Santander (SANB11), de 17%, e Bradesco (BBDC4), que está na lanterninha, com 12,7%.
Para 2025, o banco espera mais expansão da rentabilidade.
Em receitas totais, houve aumento de 19% no ano e número recorde, a R$ 6,7 bilhões.
“Seguimos ampliando nossa oferta de produtos e serviços, de forma orgânica e inorgânica, e mantemos, em 2025, nossos compromissos de oferecer soluções inovadoras e serviços de excelência aos nossos clientes, e de seguir buscando expansão de retorno aos nossos acionistas”, afirma Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.
Destaques do BTG
Em corporate lending & business banking, o BTG entregou outro trimestre com receitas recordes de R$ 1,8 bilhão e R$ 6,5 bi no ano, “à medida que expandimos nossas receitas recorrentes, mantendo spreads competitivos e níveis adequados de provisão”
A área de investimentos (investment banking) registrou receitas de R$ 510 milhões no trimestre, com contribuição recorde de DCM e forte atividade de M&A (fusões e aquisições).
Já a área de gestão de recursos (asset management) apresentou receitas no trimestre e no ano, de R$ 661 milhões e R$ 2,4 bilhões, avanços de 30% e de 29%, respectivamente.
“O resultado foi impactado positivamente pelo crescimento consistente de ativos sob gestão e administração (AuM e AuA) que atingiram R$ 992 bilhões em 2024, avanço de 16%”, diz.
O banco destaca ainda que houve captações consistentes de R$ 17,8 bi no trimestre e R$ 96,7 bi no ano, mesmo em um cenário de taxas de juros altas.
“A captação se deu principalmente nas estratégias de renda fixa e fundos alternativos geridos pela BTG Pactual AM”.
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Em wealth management and personal banking reportou receitas no ano de R$ 3,8 bilhões, avanço de 23% frente 2023, e de R$ 964 milhões no quarto trimestre.
O total de ativos sob custódia (WuM) chegou a R$ 901 bilhões, com captação líquida de R$ 31,9 bilhões no trimestre, e de R$ 151 bilhões no ano.
As despesas operacionais foram de R$ 2.867,6 bilhões no quarto trimestre (aumento de 10,2% em relação ao terceiro trimestre) e R$ 10.351,5 bilhões no ano (aumento de 13,4% em relação a 2023).
O aumento em 2024 foi principalmente devido a:
- bônus mais elevados (seguindo o melhor desempenho operacional ao longo do ano);
- maiores despesas com salários e benefícios, principalmente devido ao aumento inorgânico da contratação de novos funcionários, bem como ao processo anual de promoções e ajustes salariais, e;
- maiores despesas administrativas.