BTG (BPAC11): Lucro salta 42% no 2T25, chega a R$ 4,2 bi e bate recorde; rentabilidade vai a 27% e abre distância para Itaú (ITUB4)

O BTG Pactual (BPAC11) encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado recorde de R$ 4,2 bilhões, disparada de 42% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta terça (12).
O resultado também superou o esperado do consenso da Bloomberg, que aguardava R$ 3,64 bilhões.
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Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrimônio líquido, ficou em 27,1% no ano, salto de quatro pontos percentuais.
Dessa forma, o BTG não só ultrapassou como abriu distância para o Itaú (ITUB4) no quesito rentabilidade, que chegou a 23,3% nesse trimestre.
Com a deterioração dos números do Banco do Brasil (BBAS3), que encerrou o primeiro com ROE de 15,8%, o BTG, junto com o Itaú, integra a seleta lista de bancos que conseguiram manter a rentabilidade acima de 20%.
Já o Santander (SANB11) possui ROE de 16%, e Bradesco (BBDC4), que está em franca melhora, 14,6%.
Além de estar crescendo mais do que seus concorrentes, a melhora chama atenção por ocorrer em um ambiente macroeconômico difícil, em meio a um cenário de juros altos, na casa dos 15%.
“Este resultado, diante de um ambiente de mercado desafiador e volátil, reflete o sucesso do nosso modelo de negócios integrado, uma alavanca fundamental do nosso crescimento, combinado a uma execução disciplinada e focada em nossos clientes”, afirmou Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.
O trimestre também teve a melhor receita da história, a R$ 8,3 bilhões, disparada de 38% no ano.
Os resultados foram impulsionados pela forte performance em todas as linhas de negócio somado ao contínuo ganho de alavancagem operacional, explica.
Destaques do BTG
Entre as áreas, houve crescimento (e recordes) na maioria das linhas.
O investment banking teve receitas recordes, de R$ 782,1 milhões, salto de 105,6% no trimestre e de 40,2% em relação ao ano passado.
De acordo com o banco, esse desempenho foi impulsionado pela:
- forte contribuição de M&A (fusões e aquisições), com a conclusão de transações significativas no trimestre;
- e retomado dos volumes de DCM, em linha com a normalização das condições de mercado ao longo do trimestre.
No corporate lending, também houve receitas recordes, de R$ 2.106,8 bilhões, crescimento trimestral de 9% e de 37,3% na comparação anual.
“Durante o período, mantivemos a expansão do portfólio, preservando spreads saudáveis e a elevada qualidade dos ativos”.
A carteira de corporate lending & business banking cresceu 3,1% no trimestre, alcançando R$ 237,9 bilhões, aumento de 22,1% na comparação anual.
“O crescimento continua sendo impulsionado por uma originação diversificada, com spreads estáveis e mantendo níveis adequados de provisionamento”, diz.
A área de sales & trading também reportou receita recorde de R$ 1.913,0 bilhão, aumento de 45,8% ante ao trimestre anterior e 37,9% contra 2024.
O banco diz que o segmento teve influência do aumento no volume de operações de clientes — “o que reforça, mais uma vez, a resiliência da nossa franquia”.
No segmento de gestão, a despeito do mercado difícil, a área de Asset Management atingiu R$ 1,1 trilhão em ativos sob gestão e administração (AuM/AuA), crescimento de 18% frente ao 2T24.
A área registrou captação líquida (NNM) de R$ 28 bilhões no trimestre, mesmo diante de um cenário de resgate na indústria de fundos.
As receitas, por sua vez, somaram R$ 624 milhões, avanço de 13,9% no comparativo anual.
Wealth management e personal banking, que cuida da gestão de riquezas, registrou mais um trimestre recorde, ancorado por entradas líquidas orgânicas robustas, segundo o banco, com receita de R$ 1,2 bilhão, crescimento de 33,5% no ano.
O índice de Basileia encerrou o trimestre em 16,2% e o índice de cobertura de liquidez (LCR) foi de 170,1%.
Máquina de aquisições
No trimestre, o BTG também ligou a sua máquina de aquisições. Foram pelo menos duas relevantes, com a aquisição da JGP Wealth Management e HSBC no Uruguai por US$ 175 milhões.
A transação inclui cinco agências e US$ 191 milhões em capital total e marca a entrada do BTG Pactual no mercado uruguaio, onde passará a atuar em varejo.