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BTG Pactual (BPAC11) lucra R$ 2,9 bilhões no 2T24, alta de 15%, e bate rentabilidade de outros bancões; veja números

14 ago 2024, 6:20 - atualizado em 14 ago 2024, 11:21
BTG compra Orama
(Imagem: Reprodução)

O BTG Pactual (BPAC11) teve mais um trimestre de crescimento e encerrou a segunda etapa de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 2,9 bilhões, alta de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (14).

A cifra ficou acima do esperado da XP Investimentos, por exemplo, que aguardava lucro de R$ 2,8 bilhões.

Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrimonio líquido, fechou o trimestre a 22,5%, um pequeno recuo em relação ao ano passado, que havia sido de 22,7%, mas ainda acima do Itaú (ITUB4), que encerrou o período com rentabilidade de 22,4%, Santander (SANB11), de 15,5%, enquanto o Bradesco (BBDC4) continua na lanterninha, com 10,5%.

“Em meio a um ambiente global desafiador, o BTG Pactual reporta mais um trimestre de desempenho excepcional, com crescimento de receitas e resultados recordes, demonstrando a eficiência e robustez do nosso modelo de negócios”, destacou.

A receita consolidada somou R$ 6 bilhões, alta de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado e de 10,1% em comparação ao trimestre.

Ademais, o banco ultrapassou R$ 1,7 trilhão em ativos sob custódia.

O banco diz que continua entregando “resultados resilientes, especialmente na franquia de clientes, com recordes de receitas em corporate lending & business banking e wealth management & personal banking”.

O market share (participação de mercado) aumentou em todas as áreas, com forte crescimento da carteira de crédito e captações líquidas, “enquanto mantemos uma gestão de custos eficiente”.

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Destaques do BTG Pactual

Um dos destaques, a área de investimentos (Investment Banking) registrou receitas de R$ 557,7 milhões, impulsionadas principalmente por DCM (dívidas corporativas), que apresentou a segunda maior contribuição trimestral já registrada, com mais de 40 transações concluídas no período.

Em corporate lending & business banking, o BTG entregou outro trimestre com receitas recordes de R$ 1.534,0 bilhão, 6,8% acima do trimestre anterior.

“O desempenho excepcional é atribuído ao crescimento da carteira com spreads saudáveis e diversificação de receitas”, diz.

Já a área de gestão de recursos (Asset Management) somou receitas de R$ 547,8 milhões, com crescimento consistente das taxas de administração/gestão.

O total de ativos sob gestão e administração (AuM e AuA) totalizou R$ 920 bilhões neste segundo trimestre, avanço de 20%.

Apesar do ambiente desafiador, com altas taxas de juros por um período mais longo, a área registrou forte captação líquida (NNM) de R$ 28 bilhões no período.

As despesas operacionais ficaram em R$ 2,4 bilhões, aumento de 1,9% na comparação com o trimestre anterior.

De acordo com o banco, essa elevação foi devido, principalmente, o incremento na amortização de ágio relacionado à conclusão da aquisição da Órama no final de março.

O índice de Basileia fechou o  trimestre em 16,2% impactado pela distribuição de R$1,55 bilhão em JCP, enquanto o índice de cobertura de liquidez (LCR) foi de 191%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.