BTG Pactual aprofunda diversificação na carteira de 10 ações para maio
O BTG Pactual (BPAC11) ampliou a diversificação de sua carteira recomendada de ações para enfrentar um maio ainda turbulento, por causa da pandemia de coronavírus. Dois papéis foram trocados.
Foram retirados, Multiplan (MULT3) e Transmissão Paulista (TRPL4). Entraram: Vivo (VIVT4) e Equatorial (EQTL3).
Carlos Sequeira, Osni Carfi e Ricardo Cavallieri, que assinam o relatório, afirmam que “após o movimento de alta de abril e com valuations que não parecem baratos, considerando o cenário incerto que temos pela frente, decidimos manter um portfólio defensivo e diversificado em maio”.
A seleção abrange, segundo a dupla, grandes exportadoras, boas exportadoras de dividendos, empresas de tecnologia e varejistas “resilientes”, entre outras indicações.
Escolhas
Sobre a inclusão da Equatorial, o BTG Pactual afirma que as concessionárias de serviços públicos não serão tão afetadas pela pandemia de coronavírus.
Além disso, do ponto de vista setorial, o banco acredita que os problemas de caixa gerados pela crise de saúde devem ser resolvidos pelo governo, com medidas de socorro a serem anunciadas nas próximas semanas.
A Equatorial, em si, é indicada por seu valuation atraente, considerando uma Taxa Interna de Retorno Real (TIRR) de 8,8%. Além disso, a empresa apresentou um “bom guidance de volumes” no primeiro trimestre, e deve ser ajudada pelo recente reajuste das tarifas da Ceal, uma de suas controladas.
Já a Vivo é “uma ação especialmente interessante para possuirmos em tempos incertos”. Seus predicados são um fluxo de caixa bom e consistente, longo histórico de pagamento de dividendos, com yields “consideráveis”.
O BTG acrescenta que o impacto da pandemia sobre as receitas deve ser pequeno e compensado pelo corte de custos. Assim, os reflexos no ebitda devem ser até menores.
Veja, a seguir, as dez ações recomendadas pelo BTG Pactual para maio. Em abril, a carteira mensal do banco se valorizou 8%, mas o desempenho não foi suficiente para compensar as perdas anteriores. No acumulado do ano, a carteira já encolheu 30,9%.
