BTG mantém recomendação de compra para Light de olho em fusão ou aquisição
O BTG Pactual (BPAC11) manteve a recomendação das ações da Light (LIGT3) para compra, apostando em uma eventual operação de fusão ou aquisição da companhia. A equipe do banco vê as ações negociada as 1.04x EV/RAB, com um perfil altamente alavancado. Com isso, qualquer melhoria significativa implica em mais valor para companhia, avaliam os analistas.
As ações operam com valorização de 2,23% a R$ 20,63.
Para eles, embora seja possível afirmar que as características de sua concessão significam que é improvável que seja negociado no mesmo nível EV/RAB de Equatorial (EQTL3) ou Energisa (ENGI4), se o novo operador puder levá-lo a 1,3x EV/RAB, então a Light poderia valer R$ 31 por ação, ou R$ 27 pós-diluição.
O documento relembra que a Cemig (CMIG4) há algum tempo busca a venda da Light. A proposta inicial envolvia um aumento de capital, pelo qual um parceiro estratégico se juntaria ancorando o negócio. Dado o quão esticado é o balanço da Light (3,6x ND/EBITDA YE18), uma injeção de capital é de fato necessária, avalia o BTG.
No ano passado, a Light lançou uma proposta para alterar seu estatuto ao permitir que ele emitisse 120 milhões de ações adicionais, cerca de R $ 2,4 bilhões e incluísse 40% de “poison pill”. Para os analistas, o plano poderia ter ajudado a empresa financeiramente, ao mesmo tempo em que se engajara em um parceiro estratégico e transformara a Light em uma corporação completa com melhor governança.
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O problema, lembra o documento, estes planos foram vetados pelo conselho da Cemig em novembro passado. Mas agora, com o potencial retorno de Ana Marta Horta Veloso ao comando da companhia, e uma gestão e diretoria mais alinhadas na Cemig, a venda da Light poderia acontecer o quanto antes.
Para o BTG, mesmo que isso não aconteça, eles acreditam que o caso do investimento agora gira não apenas em torno do processo de venda, mas também na retomada esperada de uma parada operacional.