Comprar ou vender?

BTG está com uma nova elétrica favorita; entenda o potencial da ação

15 set 2023, 20:23 - atualizado em 15 set 2023, 20:23
Energia elétrica, Copel
Copel é a nova elétrica top pick do BTG Pactual (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O BTG Pactual tem uma nova ação top pick no setor elétrico. Nesta semana, o banco restabeleceu a cobertura de Copel (CPLE6) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 12, considerando agora a condição de empresa privatizada.

Na avaliação do time de análise, existe “muito potencial ainda a ser desbloqueado” no caso da Copel, o que explica a perspectiva positiva para os papéis.

O BTG reconhece que a Copel conseguiu apresentar uma performance “impressionante” ao longo dos últimos quatro anos, tendo disparado mais de 300% desde 2019.

“Isso não foi por acaso. Neste período, a nova equipe de gestão abordou os custos, melhorou a eficiência no seu segmento de distribuição, vendeu ativos não essenciais e alocou capital de forma sensata”, lembra.

A questão que predomina entre os investidores é o espaço que resta para ganhos de eficiência depois de todas essas melhorias feitas nos últimos anos, afirma a instituição.

Para o BTG, existe espaço para mais entrega.

“A concessão da Copel está localizada em uma região densa e de alta renda, e possui a equipe e as ferramentas certas para levá-la a níveis de eficiência semelhantes aos de seus pares privados, ao mesmo tempo que oferece um bom carrego de dividendos“, levantam João Pimentel, Gisele Gushiken, Maria Resende e Luis Mollo, responsáveis pelo relatório de atualização da tese.

Na opinião dos analistas, existe espaço para cortes adicionais de custos nas verticais de Geração e Transmissão e Distribuição, além de uma estrutura de holding mais enxuta.

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Copel vs. Eletrobras

Comparando Copel com Eletrobras (ELET3), o BTG avalia que existem diferenças importantes entre as duas teses de investimento, com mais upside (potencial de alta) para a Eletrobras do que a Copel.

Segundo o BTG, o potencial de valorização da Eletrobras depende de premissas agressivas, mas alcançáveis.

“Assumimos um corte de custos superior a 50%, uma redução de 30% nos empréstimos compulsórios e a utilização de créditos tributários, entre outros”, pontuam os analistas.

O BTG reforça que a Eletrobras é uma empresa maior e mais complexa, e, por isso, as mudanças tendem a demorar mais para se concretizar.

Outro ponto é que a desvalorização dos preços da Eletrobras após a privatização é atribuída principalmente a uma queda nos preços da energia. Com a Copel, a privatização aconteceu quando todos estavam mais pessimistas em relação aos preços, com a maioria dos investidores modelando preços de energia nas mínimas (ou próximo das mínimas) para 2023-24 e preços mais elevados de energia pós-2026, completa o banco.