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BTG fecha em queda de 18% após denúncia de “departamento de corrupção” no banco

26 ago 2019, 17:42 - atualizado em 26 ago 2019, 17:44
Na semana passada, endereços ligados à instituição e ao fundador André Esteves sofrerem mandados de busca e apreensão em operação da Polícia Federal relacionada a uma nova fase da Lava Jato (Imagem: Facebook BTG Pactual)

Por Investing.com

Após perder mais de 15% na última sessão, fechando o dia a R$ 55,69, as units do BTG Pactual (BPAC11) voltam a ter um recuo expressivo. Nesta segunda-feira (26), os papéis do banco encerraram em queda de 18,48%, negociados a R$ 46,46.

Na semana passada, endereços ligados à instituição e ao fundador André Esteves sofrerem mandados de busca e apreensão em operação da Polícia Federal relacionada a uma nova fase da Lava Jato.

O desempenho das ações já era negativo durante o dia e foi intensificado na parte da tarde após o site O Antagonista publicar que a Polícia Federal anexou aos autos da Operação Pentiti uma denúncia de um informante do banco, que teria prestado depoimentos confidenciais à Polícia Federal. De acordo com texto de procurados publicado com a notícia d’O Antagonista, o BTG teria uma espécie de “Departamento de Operações Estruturadas” dedicado à lavagem de dinheiro semelhante a que existia na construtora “Odebrecht”.

Ainda de acordo com os procuradores, o informante explicou que o objetivo do departamento era criar ferramentas e procedimentos que permitisse que o banco e clientes específicos realizassem a manipulação artificial do resultado financeiro de pessoas jurídicas.

Assim, o informante relatou que os mecanismos eram oferecidos a diversos clientes com o objetivo de sonegar impostos e ocultar recursos financeiros oriundos da lavagem de dinheiro fora do país, com o banco com um percentual do valor movimentado.

A investigação é baseada em depoimentos dados pelo ex-ministro Antonio Palocci no âmbito de sua delação premiada, disse o MPF.

O BTG Pactual nega veementemente qualquer irregularidade em suas operações, qualificando a denúncia de “absurda”. A instituição afirma que as operações são “fantasiosas” e que jamais poderiam ter sido registradas em sistemas de negociação existentes no Brasil. Além disso, o banco diz que operações descritas pelo O Antagonista teriam passado despercebidas por auditorias.

Operação

Na sexta-feira, o BTG Pactual confirmou que seus escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo foram alvos de operações de busca e apreensão pela Polícia Federal e disse que está colaborando com as investigações para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível.

Também adicionou que “os fatos da referida busca e apreensão foram objeto da investigação independente conduzida por um comitê especial… cuja conclusão indicou não existir indícios para concluir que as alegações de prática de atos ilícitos sejam críveis, fidedignas ou fundamentadas em provas concretas”.

A operação ocorreu poucos mais de um mês após Esteves pedir autorização ao Banco Central para retomar uma participação de 61,6%, na G7 Holding, veículo onde estão agrupados os maiores sócios da instituição.

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