BTG (BPAC11) tem lucro de R$ 1,6 bilhão no 4T22, queda de 5%
O BTG Pactual (BPAC11) teve lucro líquido de R$ 1,64 bilhão no quarto trimestre de 2022, em uma baixa anual de 5%, segundo balanço divulgado pela companhia nesta segunda-feira (13). Ajustada, a linha foi de R$ 1,76 bilhão.
Segundo a instituição, as receitas totais chegaram a R$ 3,6 bilhões no período. Excluindo o efeito de provisões não-recorrentes, o total de receitas teria sido de R$ 4,8 bilhões e o lucro líquido ajustado seria de R$ 2,3 bilhões no trimestre.
No ano de 2022, o total de receitas foi de R$ 17,2 bilhões e o lucro líquido ajustado atingiu R$ 8,3 bilhões, disse o BTG. Excluindo as provisões não-recorrentes, o total de receitas teria sido R$ 18,4 bilhões e o lucro líquido ajustado seria de R$ 8,8 bilhões.
O lucro líquido ajustado por unit e o retorno ajustado anualizado sobre o patrimônio líquido médio do banco (“ROAE anualizado”) foram de R$ 0,46 e 16,7%, respectivamente, no trimestre e R$ 2,17 e 20,8% no ano de 2022.
Em 31 de dezembro de 2022, os ativos totais do BTG somaram R$ 450,6 bilhões, uma aumento de 2,4% em comparação com o trimestre findo em 30 de setembro de 2022. O índice de Basileia se manteve estável em 15,1%
Em release de resultados, o BTG destacou que, “apesar do ciclo macroeconômico mais desafiador”, registrou uma “forte” captação líquida (NNM) de R$ 254 bilhões em 2022, dos quais R$ 68,0 bilhões foram registrados no 4T22, levando a um AuM/WuM total de R$1,3 trilhão.
A base de funding, disse, expandiu “significativamente” ao longo do ano, com a participação de varejo na base total atingindo 26,3% e 30,5% considerando o BancoPan. O banco disse manter “um balanço sólido e bem capitalizado.”
Americanas
O BTG não citou diretamente o escândalo contábil da Americanas (AMER3), que afetou o quarto trimestre dos bancos, disse que “devido a um evento específico que foi amplamente divulgado” provisionou R$ 1,12 bilhão na área de Corporate & SME Lending em função da exposição de crédito e, R$ 77,0 milhões na área de Sales & Trading em função da exposição a outros instrumentos financeiros.
“Este evento específico também impactou as despesas com bônus, que foram reduzidas em R$ 153,1 milhões, e as despesas com imposto de renda e contribuição social, que diminuíram R$ 466,9 milhões neste trimestre”, explicou.
No agregado, as provisões não recorrentes impactaram negativamente o lucro líquido do BTG em R$ 580,0 milhões.
“É importante destacar que adotamos medidas rápidas e necessárias para proteger os interesses de nossos clientes e acionistas, e este evento isolado não reflete o estado geral de nossos negócios”, afirmou.
“Continuamos confiantes que o nosso foco na prestação de serviços financeiros de alta qualidade aos nossos clientes nos permitirá superar esse evento específico, e que continuaremos a gerar valor de longo prazo aos nossos acionistas”.
Confira o relatório do BTG: