BTG (BPAC11) se iguala a BB (BBAS3) como preferência de analistas; entenda o potencial
O Itaú BBA atualizou a tese de investimento do BTG Pactual (BPAC11), que se junta a Banco do Brasil (BBAS3) e Nubank (NU;NUBR33) como preferência dos analistas dentro do setor bancário.
A recomendação das units do BTG foram elevadas para “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”). O preço justo ao fim de 2023 também foi atualizado, para R$ 38, apoiado por estimativas mais altas e uma percepção de risco menor.
O BBA avalia que existe uma compressão de múltiplos massiva para a negociação atual a 10 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2024 ante os dias de bull-market, em torno de 15 vezes.
O BBA deixou algumas preocupações com o nome de lado, visto que:
- o risco de crédito corporativo diminuiu significativamente com o retorno recente do mercado de crédito;
- divisão “Sales & Trading” passou no teste e se provou de perfil mais voltado ao cliente;
- o novo governo federal tem se mostrado mais racional com as estatais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e
- uma reforma tributária maior tem sido o foco, em vez de mirar setores específicos.
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Boa parte da cautela da instituição com o BTG estava ligada à exposição da companhia à derrocada da Americanas (AMER3). Porém, o banco parece ter conseguido se desviar do problema – e, segundo o BBA, pode até abocanhar mais ganhos.
“Temos visto condições muito melhores no mercado de crédito nas últimas semanas, com fechamento de spreads secundários, melhores performances de fundos de crédito e volta de novas emissões”, afirmam Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, do time de análise de Bancos e Serviços Financeiros do BBA, em relatório publicado nesta segunda-feira (19).
Segundo o BBA, o BTG provavelmente conseguiu tirar vantagem do estresse do mercado secundário para construir um portfólio que pode agora carregar em spreads mais altos ou gerar mais negócios com distribuição na divisão de Wealth Management.
“Tudo isso, combinado com uma percepção de melhores dias à frente no mercado de capitais, nos levou a aumentar o lucro em 20%-24% para 2023/24, a R$ 10,4-12,3 bilhões”, completam os analistas.
O BBA enxerga motivos para um re-rating a 12 vezes, considerando o novo preço justo de R$ 38, motivado por três fatores:
- provável crescimento mais acelerado em ROE (retorno sobre o patrimônio líquido)/negócio de tarifas mais alto;
- menos volatilidade nos resultados; e
- percepção de risco menor.