BTG avalia que Tenda (TEND3) está barata e dá dois gatilhos para valorização de 62% na ação
O BTG Pactual elevou a recomendação para as ações da Tenda (TEND3), passando de “neutra” para “compra”, com novo preço-alvo de R$ 22 — uma valorização potencial de 62% em relação ao preço atual de R$ 13,60. A ação é a principal escolha do banco no setor de construção voltado para baixa renda.
A mudança, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (16), reflete a forte recuperação operacional da empresa, que registrou um crescimento de 23% nos lançamentos e 49% nas vendas no primeiro semestre de 2024, além de uma melhora de 800 pontos base na margem bruta e um fluxo de caixa operacional positivo no segundo trimestre. Esses resultados reforçam a confiança no processo de virada da companhia.
Outro fator que contribui para a revisão foi a identificação de duas opcionalidades não precificadas, que podem agregar até 10% ao valor presente líquido (VPL) da Tenda. Entre elas está a possibilidade de R$ 75 milhões em VPL a partir do programa habitacional no Rio Grande do Sul, por meio da subsidiária Alea, além de mais R$ 80 milhões do programa “Pode Entrar“, em São Paulo.
“Há duas semanas, o governo autorizou uma linha de crédito de R$ 1,08 bilhão via CEF para o programa, portanto esperamos que esses projetos sejam adquiridos em breve, o que significa que a Tenda poderá se beneficiar bastante (ela tem R$ 530 milhões em projetos já aprovados, o que representa um VPL adicional de 5% para o estoque, mais R$ 150 milhões em uma “lista de espera”)”, diz o banco em seu relatório.
Com essas perspectivas, o BTG destaca que o mercado ainda não incorporou as oportunidades no preço das ações, que atualmente são negociadas a um múltiplo P/L de 4,5x para 2025. Ou seja, os analistas da casa acreditam que as ações da Tenda estão baratas em comparação com outras empresas do setor.
As ações da companhia saltaram no pregão desta segunda-feira (16) e TEND3 encerrou a sessão com alta de 6,70%, a R$ 14,49%.