BTG ajusta carteira de junho com a saída de Petrobras e foco defensivo

O BTG Pactual espera uma maior volatilidade do mercado nos próximos meses ao vislumbrar um período mais longo de instabilidade política. Com isso, os analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira realizaram novos ajustes em seu portfólio de 10 ações indicadas para o investimento na B3.

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“Após a agitação política de algumas semanas atrás, acreditamos que estamos de volta a um longo período de incerteza política, com implicações para as expectativas dos agentes econômicos e sua vontade de investir e consumir. Independentemente de o presidente Temer ficar ou sair, aprovar a reforma da Previdência, em seu formato atual, pode ser extremamente desafiador neste novo ambiente, enquanto as reformas menos sensíveis ainda podem ser feitas”, explicam.

Mudanças

O banco explica que, desde abril, tem mudado gradualmente a lista de ações para obter um perfil de maior qualidade visando reduzir a volatilidade do portfólio e ajustá-lo para enfrentar o debate em torno da votação da reforma da Previdência.

“Nós adicionamos ações como a Multiplan, Equatorial, Klabin, BB Seguridade e Cosan. A Vivo, outra empresa de alto nível, também já faz parte do nosso portfólio há algum tempo. A incerteza trazida por um cenário político desafiador exige ajustes adicionais para uma carteira mais defensiva. Assim, decidimos aumentar nossa exposição aos papéis que derivam uma grande parte de suas receitas em moedas fortes, equilibrando nosso portfólio ainda mais”, avaliam.

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As ações da Embraer, BRF e Klabin foram adicionadas para dar uma exposição de 30% da carteira para moedas fortes. Além disso, os ativos da Fleury foram incluídos. De saída estão a Petrobras, B3 e Rumo. Outra mudança foi a troca do Bradesco pelo Itaú, que possui ativos de maior qualidade e se torna mais atraente para possuir neste momento.

Em maio, a seleção do BTG teve queda de 4,25%, enquanto o Ibovespa recuou 4,1%.