brMalls precisa fazer muito mais para conseguir criar valor a seu acionista, diz BTG
Diante da aquisição de 38,4% do shopping Piracicaba por R$ 202,3 milhões, o BTG Pactual, a XP Investimentos e a Guide Investimentos avaliaram a aquisição recente da brMalls (BRML3) de forma positiva.
Por outro lado, de acordo com a equipe de análise do BTG Pactual, a empresa ainda necessita fazer muito para criar valor ao acionista.
“Enquanto gostamos da aquisição, notamos que necessitamos visualizar muito mais ação para mover a agulha em termos de criação de valor para o acionista”, apontam os analistas Eduardo Costa, Luis Stacchini e Vanessa Quiroga.
Cap rate e lucros crescentes
Neste panorama, o BTG Pactual ressalta a avaliação positiva do empreendimento, com cap rate (taxa de capitalização, lucro líquido sobre valor patrimonial) de aproximadamente 9,3%.
A taxa representa crescimento de 300 pontos-base em relação à média implícita aproximada de 6,2% para a brMalls.
Em adição, o banco destaca que o shopping Piracicaba é um ativo que já entrega crescimento no lucro líquido, através da seguinte trajetória: R$ 14,3 milhões em 2017; R$ 16,1 milhões em 2018 e R$ 16,8 milhões nos últimos doze meses – na parte tocante à brMalls.
Alinhamento estratégico
Para a analista Bruna Pezzin, “apesar de se tratar de uma transação relativamente pequena, a aquisição está alinhada com a estratégia da companhia de fortalecer seu portfólio e aumentar a participação em ativos dominantes”.
Como resultado, a XP Investimentos avalia positivamente a compra.
Em linha, a Guide Investimentos destaca que o aumento da participação se alinha à estratégia da administradora de shoppings, através do “fortalecimento de seu portfólio”, via ” aumento da exposição nos ativos que forem centrais à BR Malls, como por exemplo os shoppings de maior porte”.
Recomendações
O BTG Pactual lista recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações da brMalls, com preço-alvo de R$ 17,40.
No cenário mais otimista do banco, o preço-alvo é de R$ 21,50. Caso as projeções mais positivas de Costa, Quiroga e Stacchini se materializem, as ações podem subir 18,9% – de acordo com o último fechamento.
Já no cenário mais otimista da XP Investimentos, com preço-alvo de R$ 19,50 em doze meses, o papel possui potencial de valorização de 7,8%.