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BRF tem prejuízo de R$ 113 milhões com queda de volume para Arábia Saudita

10 maio 2019, 9:43 - atualizado em 10 maio 2019, 9:43
O Ebitda ajustado totalizou R$748 milhões, um aumento de 9,3% na comparação anual

A BRF (BRFS3) apresentou um prejuízo líquido de R$ 113 milhões no primeiro trimestre de 2019, refletindo principalmente as maiores despesas, informou a empresa em um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (10).

A empresa ressalta que o resultado líquido total, ou seja, a soma das operações continuadas e descontinuadas, gerou um prejuízo líquido de R$1 bilhão, impactado essencialmente pela baixa contábil de R$863 milhões (CTA – Cumulative Translation Adjustment, hiperinflação e demais efeitos), ou seja, sem efeito caixa, referente à venda dos ativos da Argentina no valor.

O Ebitda ajustado totalizou R$748 milhões, um aumento de 9,3% na comparação anual. A margem ajustada ficou em  10,2%, uma expansão de 0,4 ponto percentual.

“Este resultado reflete a maior rentabilidade no Mercado Halal e no Segmento Brasil, indicando uma melhor execução comercial em ambos os mercados com foco na rentabilização da operação através de reajustes de preços, melhor execução comercial e melhor mix”, indica a BRF.

A adoção do IFRS 16 impactou positivamente o Ebitda em R$158 milhões.

A receita líquida foi a R$ 7,4 bilhões, aumento de 4,7%.

Apesar do crescimento no mercado Halal e no Brasil, os números sofreram com o impacto da queda do volume decorrente do descredenciamento de plantas habilitadas para exportação para a Arábia Saudita, cujo efeito foi de aproximadamente 20 mil toneladas que foram redirecionadas para mercados como Egito e Iêmen, alteração no  processo de concessão do Certificado Sanitário Internacional no Porto de Itajaí-SC, que provocou atrasos nos embarques de março para abril e a redução dos investimentos diretos aplicados aos varejistas.

“Os resultados obtidos durante o primeiro trimestre de 2019 demonstram nossa disciplina de execução da nossa estratégia de longo prazo. A despeito da inércia dos custos dos grãos, que aumentaram quase 35% no período, continuamos focados na recuperação da nossa rentabilidade histórica”, aponta a administração da empresa.

Veja a íntegra do resultado: