Agronegócio

BRF: Parece que o jogo virou, não é mesmo?

23 abr 2019, 16:21 - atualizado em 23 abr 2019, 16:21
O crescente surto da Gripo Suína Africana na China pode gerar um déficit significativo no suprimento global de proteína

As ações da BRF (BRFS3) disparam 6% nesta terça-feira (23) após o aval de compra dos papéis emitido pelo Goldman Sachs, um dos bancos de investimentos mais respeitados do mundo.

O preço-alvo foi elevado de R$ 27 para R$ 32, revela um relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.

Os analistas Luca Cipiccia e Galdino Falcao avaliam que, embora seja improvável que uma melhor execução operacional se torne um evento de relevância nos resultados do primeiro trimestre, as perspectivas de médio prazo estão melhorando significativamente para a indústria brasileira de proteínas e para a BRF “após vários anos de ventos contrários negativos e eventos perturbadores”.

Segundo eles, o crescente surto da Gripo Suína Africana na China pode gerar um déficit significativo no suprimento global de proteína, que pode levar anos para se reequilibrar, e isso pode beneficiar o Brasil e outros exportadores e, consequentemente, a BRF, aumentando as perspectivas de melhoria para os impulsionadores subjacentes da indústria.

Gráfico
As ações da BRF têm alta de 38% em 2018, contra apenas 3% do Ibovespa

O Goldman calcula que este impacto pode chegar a mais de 20% da produção suína brasileira, o que corresponde a aproximadamente 5% da produção global.

“Acreditamos que maior confiança na recuperação cíclica da indústria brasileira de proteína e exportação importará mais do que os resultados trimestrais de curto prazo, pois deve proporcionar confiança aos investidores para avaliar a BRF em níveis “normalizados” de lucratividade e com um horizonte temporal mais longo”, concluem.

O balanço da BRF será publicado no dia 10 de maio, antes da abertura dos mercados.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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