BRF: Paralisação da planta na Arábia Saudita é ruim, mas não muito, diz Credit Suisse
Em relatório desta quarta-feira (9), o Credit Suisse avalia o fechamento da planta produtiva pela BRF (BRFS3) como “marginalmente negativa”, devido ao fato do impacto financeiro não “ser significativo”.
“As compras da Arábia Saudita representam de 25% a 30% dos total de vendas de alimentos processados no Oriente Médio, o que equivale a 16% das receitas na região”, calculam os analistas Victor Saragiotto e Felipe Vieira.
O Oriente Médio respondeu por 27% das receitas consolidadas da BRF em 2018. “Em outras palavras, estimamos que a restrição provavelmente afetará no intervalo de 1,1% a 1,3% as receitas líquidas da companhia”, avalia o Credit Suisse.
Os analistas destacam ainda que o volume comercializado na Arábia Saudita pode ter como destino outros países da região.
Mensagem implícita
“A mensagem implícita, contudo, não é boa, assim como não tem sido desde o fim de 2016, quando a Arábia Saudita elevou a tarifa de importação de 5% para 20”, dizem os analistas.
Saragiotto e Vieira não descartam novas restrições a frente, porém mantêm “a avaliação positiva para os produtores de proteína do Brasil diante da menor oferta na China”.
A recomendação para as ações é outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 46. Caso se materializem as estimativas, o papel poderá subir 23,6%.