BRF justifica questionamentos da Petros sobre aumento de capital por follow on
A BRF defendeu, em resposta a questionamentos da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), a emissão de ações e aumento de capital de R$ 6,6 bilhões que pretende realizar por meio de uma nova oferta de ações (follow on). A proposta de aumento será votada na Assembleia Geral Extraordinária convocada para o próximo dia 17.
Desde junho de 2021, a companhia destaca ter percebido uma forte evolução de sua dívida bruta nominal, fundamentalmente pela variação cambial e geração de caixa em 2021, com nível de liquidez estável.
Pede, portanto, atenção a três benefícios imediatos ao balanço patrimonial, caso a Assembleia Geral venha a aprovar o aumento do capital. Primeiro, redução sensível da alavancagem para abaixo de 2 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses e redução de suas despesas financeiras líquidas; segundo, reconhecimento de créditos tributários com maior e mais rápida capacidade de aproveitamento mediante redução das despesas financeiras líquidas e; terceiro, pela utilização da reserva de capital para redução do saldo de prejuízos contábeis acumulados e potencial distribuição de dividendos futuros, em menor espaço de tempo.
Adicionalmente, segundo comunicado da BRF, existe oportunidade clara de redução da nota atribuída à companhia pelos terceiros de forma significativa, “tal como pudemos perceber em movimentos recentes de algumas empresas do setor”, pontua Carlos Alberto Bezerra de Moura, diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores.