BRF: Goldman Sachs vê potencial de 50% para ação
O Goldman Sachs elevou a recomendação para as ações da BRF (BRFS3) de venda para compra e introduziu um preço-alvo de R$ 30,80 para o horizonte de 12 meses, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 50%, revela um relatório enviado a clientes e assinado por Luca Cipiccia.
O analista utilizou as receitas de 2017 como base para o cálculo por conta da baixa visibilidade sobre o “timing” da venda dos ativos da empresa e incertezas sobre a normalização do mercado externo.
Ele lembra que os papéis têm queda de cerca de 70% após o pico de agosto de 2015 (enquanto o Ibovespa subiu mais de 50%) e baixa de 40% no ano (Ibovespa -2%) após uma sequência de notícias negativas. O Goldman Sachs acredita que o segundo trimestre deve ter marcado o menor nível de margens bruta e Ebitda.
O banco destaca que, desde meados de 2017, os problemas sobre a exportação aumentaram a oferta para um mercado doméstico já fraco e, mais recentemente, a greve dos caminhoneiros trouxe pressão adicional sobre a cadeia de valor da BRF.
“Indiretamente, no entanto, esse evento pode ter marcado, a nosso ver, o ponto mais baixo para a BRF e para a indústria, na medida em que acelerou um ‘aperto forçado’ na oferta, favorecendo um reequilíbrio com a demanda. De fato, os preços no Brasil mostraram alguma normalização nos últimos três meses e a participação de mercado da BRF se estabilizou, superando de maneira moderada a indústria”, destaca o relatório.