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BRF: Dá para acreditar que o pior já passou?

04 jan 2022, 11:21 - atualizado em 04 jan 2022, 14:20
BRF
De 27 de setembro de 2021 até o momento, a ação da BRF caiu em torno de 25%, enquanto que o Ibovespa cedeu 7%. (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

Há algum tempo parte do mercado está desconfiada com o desempenho da BRF (BRFS3) na bolsa, especulando se o frigorífico terá capacidade de reverter seu elevado grau de endividamento. Na outra face da moeda, o Santander afirma que a ação está subvalorizada.

O banco elevou sua recomendação de manutenção para compra, com preço-alvo de R$ 25. Com isso, a BRF tem potencial de alta de 8%, levando em conta o valor de fechamento nesta segunda-feira (3).

Mas o que será que mudou na avaliação do Santander?

O analista Rodrigo Almeida, que assina o relatório, explica que aumentos recentes dos preços dos produtos da BRF somados a uma melhor perspectiva de custos, justificam a crença na ação.

“As melhores perspectivas de margem para o próximo ano, combinadas com possíveis reduções de capex para manter a dívida líquida/Ebitda em três vezes, deverão conduzir uma geração de fluxo de caixa livre (FCL) positiva”, destaca.

Nesta terça-feira (4), por volta das 10h45, as ações ordinárias da BRF cediam 1,81%, cotadas a R$ 22,80 cada. No mesmo instante, o Ibovespa (IBOV) avançava 0,20% com 104.125,15 pontos.

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Grãos, carnes e 2022

Os preços mais baixos dos grãos em 2022 também podem impactar positivamente as margens da BRF, segundo o Santander.

O banco espera que uma maior colheita global de cereais leve a uma redução de preços e a um impacto positivo no Ebitda e nas margens da BRF.

“Embora existam incertezas quanto às perspectivas econômicas do Brasil em 2022, os preços elevados da carne bovina nacional continuam a apoiar o consumo de aves e suínos”, diz.