BRF (BRFS3) fecha com alta de 13% e puxa Marfrig (MRFG3), que sobe 8%; o que explica a alta dos frigoríficos?
As ações da BRF (BRFS3) encerraram o dia com alta de 13,05%, aos R$ 12,82 por ação nesta segunda-feira (6).
Os papéis da Marfrig (MRFG3) fecharam o dia com avanço de 8,46%, enquanto as ações da Minerva (BEEF3) e JBS (JBSS3) subiram 3,59% e 2,59%, respectivamente.
De acordo com o analista da Terra Investimentos, Luis Novaes, a alta dos frigoríficos está atrelada a busca de investidores por ativos com um valuation mais atrativo diante da melhora de perspectiva nos mercados.
“Os últimos resultados dos frigoríficos foram ruins, considerando o impacto do desempenho fraco da operação americana para Marfrig e JBS, e pressão da alavancagem para a BRF. Entretanto, as perspectivas não são negativas para as empresas, observando que a situação da oferta de bovinos nos EUA pode melhorar nos próximos meses”, analisa.
O analista ainda destaca que a alavancagem da BRF pode não ser um fator de menor pressão após aumento de capital e início da queda dos juros, além dos impactos positivos da maior oferta de grãos.
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Dessa forma, o ativos retornam ao radar dos investidores, com as melhores expectativas para o mercado, sobretudo, em razão do alívio dos Treasuries com as mensagens baixistas do Federal Reserve (FED) e do presidente Jerome Powell após a decisão na última semana.
Vale lembrar entre o dia 9 até o 13 de novembro os frigoríficos divulgam seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2023 (3T23).
O que mais está no radar?
A BRF contratou na semana passada bancos para a estruturação de um novo fundo de investimentos em direitos creditórios (FIDC) de, no mínimo, R$ 800 milhões.
O fundo “terá como política de investimentos adquirir direitos creditórios originados de operações comerciais realizadas entre a companhia e seus clientes”, disse a BRF, em comunicado.
O novo fundo substituirá um FIDC semelhante constituído pela BRF em 2018, cujo patrimônio inicial era de 875 milhões de reais e que terá amortização final em dezembro deste ano, segundo a companhia.
Os bancos contratados para assessorar a BRF na estruturação e colocação inicial das cotas da primeira classe do novo fundo são UBS, Bradesco BBI, Itaú BBA e Rabobank, de acordo com a empresa.