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BRF (BRFS3) lidera altas do Ibovespa nesta segunda (26); o que esperar do 4T23?

26 fev 2024, 12:00 - atualizado em 26 fev 2024, 12:00
brf ibovespa
Os últimos anos da BRF foram marcados por margens restritas em razão de custos elevados e despesas financeiras altas (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Na manhã desta segunda-feira (26), por volta de 11h20, as ações da BRF (BRFS3), que reporta hoje seus resultados do 4T23, subiam 4%, sendo a maior alta do Ibovespa no horário. Logo depois vinham JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3).

A BRF, que dá largada entre os frigoríficos que vão divulgar seus números neste trimestre, já saltou mais de 115% no último ano, segundo o TradeMap.

Para Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, analistas da XP, o frigorífico deve reportar fortes resultados, com os custos mais baixos de ração fluindo para os resultados mais uma vez, com expectativa de números positivos no Brasil, refletindo a sólida execução comercial da BRF.

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Além disso, há a tão esperada melhora no mercado internacional, refletindo uma melhor dinâmica global de oferta e demanda, juntamente com a recuperação de mercados importantes (principalmente JapãoHalal e China).

A projeção do Ebitda ajustado da BRF, para a XP, é de R$ 1,8 bilhão (alta de 75% ano a ano e de 51% trimestre a trimestre) e geração de caixa livre de R$ 731 milhões.

A recomendação da corretora é de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 15,70 e potencial de alta de 10%.

Bom momento para os custos

Na avaliação de Luis Novaes, analista da Terra Investimentos, as expectativas para os resultados da BRF são positivas, considerando o bom momento para os custos e menor pressão do ambiente macroeconômico.

“Os últimos anos da BRF foram marcados pelas margens restritas em razão dos custos elevados e despesas financeiras altas, em meio a um cenário equilibrado de demanda e oferta para a carne de frango”, destaca.



Assim, para o analista, no último resultado, foi possível verificar que a queda das taxas e custos em tendência de baixa permitiram uma queima de caixa menor, ainda que relevante, contando também com o efeito positivo do aumento de capital.

No 4T23, a expectativa da Terra é de continuidade da perspectiva positiva de custos menores a partir dos preços em queda dos grãos e despesas financeiras também mais baixas, tendo em vista o ambiente de juros mais positivo e alavancagem em contração.

“Nossa visão sobre o ativo é neutra, por acreditar que essa perspectiva está amplamente precificada pelo mercado, se atendo ao fato de que o desempenho do ativo foi muito forte ao longo dos últimos meses”, finaliza Novaes.

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