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BRF (BRFS3): Itaú eleva preço-alvo por ‘superciclo duradouro’; hora de colocar ação na carteira?

03 dez 2024, 14:57 - atualizado em 03 dez 2024, 18:23
brf brfs3
Para o BBA, a BRF está sendo negociada em uma faixa de rendimento recorrente de FCF de 6% a 8%. (iStock.com/Alfribeiro)

Itaú BBA elevou seu preço-alvo para as ações da BRF (BRFS3) de R$ 19 em 2024 para R$ 25 (um potencial de alta de 15,5%) em 2025, incorporando a melhora acentuada nos spreads fornecidos pela oferta global restrita de frango, enquanto adia a normalização do ciclo para 2026. Apesar disso, o banco manteve sua recomendação de market perform (neutro).

“Estamos confiantes em um período contínuo de prosperidade na indústria de frango, com resultados fortes esperados em 2025 e potencial revisão de lucros de curto prazo para cima em consenso, mas atualmente estamos observando de fora enquanto avaliamos números normalizados no longo prazo”, explicam Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto.

Os analistas acreditam que o valuation atual da BRF já precifica os benefícios do superciclo, enquanto as margens normalizadas levariam a um rendimento de FCFE alinhado com os pares de alimentos.

Em reação, as ações BRFS3 encerraram as negociações nesta terça-feira (3) entre as maiores altas do Ibovespa. Os papéis subiram 4,48%, a R$ 26,33.



O valor da BRF e um reajuste de ciclo

Para o BBA, a BRF está sendo negociada em uma faixa de rendimento recorrente de FCF de 6% a 8%, o que consideram justo para a conversão de Ebitda para FCFE renovada que a BRF alcançou nos últimos anos e está alinhada com outras empresas de alimentos em sua cobertura.

“Embora um reajuste de ciclo na divisão internacional não seja iminente, parece razoável antecipar alguma normalização de margem no longo prazo da lacuna atual em torno de 10 p.p. para a média histórica. Observamos que o nível de margem atual foi visto apenas durante o pico do ciclo de 2014-15, um período impulsionado por dinâmicas macro semelhantes”.

Com isso, para o banco, a avaliação do momento e da intensidade dos números recorrentes dependerá, em última análise, de

  1. preços de grãos, que provavelmente não serão um obstáculo no curto prazo;
  2. eficiências da BRF, bem-vindas pelo BBA e que provavelmente serão uma vantagem competitiva importante no futuro;
  3. preços de frango, impulsionados pela demanda sólida, enquanto a maior oferta não reage adequadamente.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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