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BRF (BRFS3): Goldman Sachs eleva recomendação e ação salta na B3; hora de comprar?

15 abr 2024, 12:09 - atualizado em 15 abr 2024, 12:09
brf goldman sachs
O Goldman Sachs vê uma melhor estrutura de capital e desempenho operacional, o que refletiu positivamente para as ações (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

As ações da BRF (BRFS3) subiam 8,25%, em R$ 17,59, por volta de 11h33 desta segunda-feira (15).

A alta ocorre após o Goldman Sachs elevar sua recomendação para o frigorífico, enxergando uma melhor estrutura de capital e desempenho operacional, com as ações surpreendendo positivamente e subindo no 2S23.

O banco ainda vê um impulso para o Ebitda em 2024 e elevou a sua projeção em 25%, para R$ 1,227 bilhão, atualizando a recomendação para neutra.

Apesar dos aspectos positivos, a previsão de Ebitda para 2024 está 6% abaixo do consenso da Bloomberg, rendendo um modesto fluxo de caixa livre de 4% rendimento, um nível que eles acreditam estar razoavelmente precificado com a negociação de ações em 6,6x seu Ebitda futuro. Fatores como a safrinha no país e a temporada de gripe aviária no Brasil impede o banco de ser ainda mais construtivo para tese.

A retomada da BRF

Desde que o banco atualizou o papel para venda, em 30 de maio de 2023, as ações da BRF avançaram 124% vs 16% do Ibovespa.

Quando rebaixou a recomendação do frigorífico, a BRF enfrentava, segundo o banco, um enigma de alta alavancagem e fluxo de caixa livre negativo. No entanto, o mercado parece ter apreciado o follow-on de R$ 5,4 bilhões subscrito principalmente pelo acionista controlador Marfrig (MRFG3) e pelo parceiro estratégico Salic.



Do lado operacional, a gestão executou notavelmente bem a recuperação, resolvendo alguns dos gargalos que existiam desde a fusão da Sadia e da Perdigão em 2011.

Embora a implementação da segunda fase do plano em 2024 deva criar ventos favoráveis para a rentabilidade, o Goldman observa que a inflação de custos não poderia ser um grande risco (apesar dos riscos negativos do Brasil milho safrinha), a oferta interna não está fora de controle (1% maior anual), a concorrência entre alimentos processados no Brasil permanece racional (com os preços da indústria subindo sequencialmente 2% em janeiro-fevereiro de 2024) e o Médio Oriente permanece sólido.

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