BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) anunciam AGE para aprovação da fusão; veja os detalhes

A BRF (BRFS3) anuncia Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que deliberará sobre a incorporação de suas ações pela Marfrig (MRFG3) será realizada no dia 5 de agosto de 2025, às 11h, exclusivamente em formato digital, por meio da plataforma Zoom.
Para participar, os acionistas deverão enviar a documentação exigida pela plataforma Qi Central até o dia 3 de agosto.
Quem optar pelo voto a distância precisa reenviar o boletim atualizado, já que os votos enviados para a AGE originalmente marcada para junho foram desconsiderados.
Já a Marfrig informou, por meio de ata do seu Conselho de Administração, que sua própria AGE — suspensa em 18 de junho — será retomada no mesmo dia, 5 de agosto, às 15h, em formato presencial. A ata não menciona realização digital ou híbrida, indicando que o encontro seguirá presencialmente, como na convocação original.
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As AGEs foram suspensas duas vezes pela CVM após questionamentos dos acionistas minoritários sobre as condições da fusão.
Marfrig já controla 58,87% da BRF
A convocação ocorre em meio à intensificação do processo de fusão entre as companhias. No último sábado (12), a Marfrig notificou o mercado de que passou a deter, direta e indiretamente, 58,87% do capital social da BRF. A posição considera tanto ações ordinárias quanto derivativos, sendo que 5,11% correspondem a instrumentos com liquidação exclusivamente financeira, e o restante, a 990,5 milhões de ações ordinárias e derivativos com liquidação física.
A Marfrig, junto com os signatários MMS Participações e MAMS Fundo de Investimento em Ações, declarou que a aquisição não visa alterar o controle ou a gestão da BRF, mas está alinhada à proposta de incorporação anunciada em maio.
O que será votado na AGE
Na assembleia, os acionistas irão votar a proposta de incorporação das ações da BRF pela Marfrig. Se aprovada, a BRF se tornará uma subsidiária integral da Marfrig, com os acionistas recebendo 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF que possuírem. A operação também prevê cancelamento das ações em tesouraria e direito de retirada para acionistas dissidentes.
A fusão é parte de uma estratégia para consolidar as duas companhias em uma plataforma global de alimentos, com ganhos de escala, eficiência e expansão internacional. A consumação da operação, no entanto, depende da aprovação dos acionistas de ambas as empresas e do cumprimento de determinadas condições previstas no protocolo.