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BRF (BRFS3) derrete mesmo com mercado esperando o pior. Vale comprar o desconto?

10 nov 2022, 12:20 - atualizado em 10 nov 2022, 12:20
BRF
Ações da BRF (BRFS3) chegam a despencar mais de 6% nesta quinta-feira. Veja o que os analistas recomendam fazer daqui em diante. (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

As ações da BRF (BRFS3) abriram em queda superior a 6% nesta quinta-feira (10), diante da reação ao prejuízo reportado pelo frigorífico no terceiro trimestre (3T22).

Mesmo com o mercado já esperando o piro, a ação tem apanhado além da conta e levanta a dúvida se é hora de comprá-la com desconto.

Por volta do meio-dia, as ações ordinárias da BRF derretiam 6,18% a R$ 11,24 cada. Na mínima do dia, os papéis foram a R$ 11,10 e, na máxima, chegaram a valer R$ 11,83.

O Itaú BBA segue na retranca com a ação, mantendo recomendação neutra e preço-alvo de R$ 17, após o Ebitda da BRF de R$ 1,3 bilhão no terceiro trimestre ter saído 5% abaixo do esperado pela gestora.

“A principal pedra no sapato da BRF é a sua lenta recuperação de margens nos negócios no Brasil. Enquanto os resultados nas operações internacionais são robustos, puxados pelas exportações à Ásia, no local o frigorífico soma mais trimestre abaixo da média de lucratividade com Ebitda de R$ 458 milhões”, avalia o analista Gustavo Troyano, em relatório a clientes.

A Genial Investimentos também engrossa o sentimento de cautela com o frigorífico. A corretora indica apenas a manutenção do ativo, com preço-alvo de R$ 15, embora reconheça o desconto da ação.

“A empresa está bastante descontada em questão de valuation, com o seu Valor de Firma (EV, na sigla em inglês) sobre o Ebitda para 2023 em cerca de quatro vezes, abaixo de sua média histórica e de outras empresas do setor”, explica o analista de renda variável Adriano Castro.

Benefício da dúvida

A XP Investimentos prefere dar o benefício da dúvida à BRF e recomenda a compra, com preço-alvo de R$ 20,60.

Apesar da sensação de que é uma nova empresa devido à melhoria na gestão de estoques, a alavancagem de 3,26 vezes sugere que provavelmente que o investidor está sofrendo por antecipação, de acordo com a corretora.

“Melhorias na eficiência operacional e uma empresa mais ágil e com foco na exportação estavam entre as mensagens do CEO, algo que reconhecemos como fundamental, mas o benefício da dúvida em favor da BRF deve vir quando isso for história, não um plano”, enfatizam os analistas Leonardo Alencar e Pedro da Fonseca, em relatório a clientes.

Por outro lado, o BTG Pactual que é outro grande nome do mercado que tem suas reservas em relação ao investimento em BRF, diante da recuperação mais lenta de margens do frigorífico.

Agenda de resultados

A BRF e o Minerva Foods divulgaram balanço referente ao terceiro trimestre no dia 9 de novembro, após o fechamento do mercado.

Já a JBS e a Marfrig apresentam resultados no dia 10 de novembro, após o fechamento do mercado.

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