BRF (BRFS3): Custos, salto de 105% e carnes; o que esperar do balanço?
Na próxima segunda-feira (26), a BRF (BRFS3) divulga seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2023 (4T23).
A empresa, que disparou 105% no último ano, segundo o TradeMap, dá a largada entre os frigoríficos que vão divulgar seus números neste trimestre.
Para Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, analistas da XP, o frigorífico deve reportar fortes resultados, com os custos mais baixos de ração fluindo para os resultados mais uma vez, com expectativa de números positivos no Brasil, refletindo a sólida execução comercial da BRF.
Além disso, há a tão esperada melhora no mercado internacional, refletindo uma melhor dinâmica global de oferta e demanda, juntamente com a recuperação de mercados importantes (principalmente Japão, Halal e China).
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A projeção do Ebitda ajustado da BRF, para a XP, é de R$ 1,8 bilhão (alta de 75% ano a ano e de 51% trimestre a trimestre) e geração de caixa livre de R$ 731 milhões.
Com isso, a recomendação da corretora é de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 15,70 e potencial de alta de 10%..
Economia deverá dar uma força para BRF
Já para Luis Novaes, analista da Terra, as expectativas para os resultados da BRF são positivas, considerando o bom momento para os custos e menor pressão do ambiente macroeconômico.
“Os últimos anos da BRF foram marcados pelas margens restritas em razão dos custos elevados e despesas financeiras altas, em meio a um cenário equilibrado de demanda e oferta para a carne de frango”, destaca.
Para o analista, no último resultado, foi possível verificar que a queda das taxas e custos em tendência de baixa permitiram uma queima de caixa menor, ainda que relevante, contando também com o efeito positivo do aumento de capital.
Sendo assim, no 4T23, a expectativa da Terra é de continuidade da perspectiva positiva de custos menores a partir dos preços em queda dos grãos e despesas financeiras também mais baixas, tendo em vista o ambiente de juros mais positivo e alavancagem em contração.
“Nossa visão sobre o ativo é neutra, por acreditar que essa perspectiva está amplamente precificada pelo mercado, se atendo ao fato que o desempenho do ativo foi muito forte ao longo dos últimos meses”, finaliza Novaes