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BRF (BRFS3): Custos, salto de 105% e carnes; o que esperar do balanço?

19 fev 2024, 15:46 - atualizado em 19 fev 2024, 18:27
brf brfs3
A projeção do Ebitda ajustado da BRF, para a XP, é de R$ 1,8 bilhão, alta de 75% ano a ano; o que esperar para a ação? (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

Na próxima segunda-feira (26), a BRF (BRFS3) divulga seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2023 (4T23).

A empresa, que disparou 105% no último ano, segundo o TradeMap, dá a largada entre os frigoríficos que vão divulgar seus números neste trimestre.

Para Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, analistas da XP, o frigorífico deve reportar fortes resultados, com os custos mais baixos de ração fluindo para os resultados mais uma vez, com expectativa de números positivos no Brasil, refletindo a sólida execução comercial da BRF.

Além disso, há a tão esperada melhora no mercado internacional, refletindo uma melhor dinâmica global de oferta e demanda, juntamente com a recuperação de mercados importantes (principalmente Japão, Halal e China).

A projeção do Ebitda ajustado da BRF, para a XP, é de R$ 1,8 bilhão (alta de 75% ano a ano e de 51% trimestre a trimestre) e geração de caixa livre de R$ 731 milhões.

Com isso, a recomendação da corretora é de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 15,70 e potencial de alta de 10%..

Economia deverá dar uma força para BRF

Já para Luis Novaes, analista da Terra, as expectativas para os resultados da BRF são positivas, considerando o bom momento para os custos e menor pressão do ambiente macroeconômico.

“Os últimos anos da BRF foram marcados pelas margens restritas em razão dos custos elevados e despesas financeiras altas, em meio a um cenário equilibrado de demanda e oferta para a carne de frango”, destaca.

Para o analista, no último resultado, foi possível verificar que a queda das taxas e custos em tendência de baixa permitiram uma queima de caixa menor, ainda que relevante, contando também com o efeito positivo do aumento de capital.



Sendo assim, no 4T23, a expectativa da Terra é de continuidade da perspectiva positiva de custos menores a partir dos preços em queda dos grãos e despesas financeiras também mais baixas, tendo em vista o ambiente de juros mais positivo e alavancagem em contração.

“Nossa visão sobre o ativo é neutra, por acreditar que essa perspectiva está amplamente precificada pelo mercado, se atendo ao fato que o desempenho do ativo foi muito forte ao longo dos últimos meses”, finaliza Novaes

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