BRF (BRFS3): Após ‘promessa de bilhões’, BofA eleva recomendação; hora de comprar?
Na quarta-feira (31), a BRF (BRFS3) anunciou que a Salic, fundo de agropecuária da Arábia Saudita, e a Marfrig (MRFG3) se comprometeram com um aumento de capital de até 500 milhões de ações, com potencial de injeção de capital de R$ 4,5 bilhões até o fim do ano.
Com isso, o Bank of America (BofA) elevou sua recomendação para BRF de venda para neutro, com preço-alvo de R$ 8,50, potencial de alta de 17%.
Ontem, as ações avançaram 10,43%. Nesta quarta, por volta de 14h11, os papéis avançavam 3,93%, negociados por R$ 8,47.
Visão do BofA para BRF
De acordo com Isabella Simonato e Guilherme Palhares, do BofA, o aporte de capital deve reduzir as despesas financeiras da empresa em cerca de R$ 600 milhões. Com isso, uma maior desalavancagem deve ser impulsionada devido aos menores custos de ração animal.
De acordo com o BofA, a Marfrig, que detém 33,3% da BRF, deve subscrever 250 milhões de novas ações do total de 500 milhões de ações ofertadas.
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Além disso, os acionistas da BRF devem remover a pílula de veneno que exige que qualquer acionista que atinja uma participação de 33,33% deve ofertar o restante das ações, pagando um prêmio de 40%.
Para financiar o negócio, a Marfrig deve fazer um aumento de capital privado entre 240 milhões e 360 milhões de novas ações, a R$ 6,25 por ação, totalizando R$ 2,25 bilhões.
Posteriormente à oferta, a participação da Marfrig na BRF pode atingir 38,6%.