BRF (BRFS3) e IRB (IRBR3) agitam semana dos balanços; veja o que esperar do período

BRF (BRFS3) e IRB Brasil (IRBR3) são alguns dos destaques corporativos desta semana, com a divulgação do balanço do segundo trimestre. Cerca de outras 50 empresas reportam os números do período na semana.

Os resultados são de um trimestre marcado pela disparada do Ibovespa, que saiu da mínima em 23 de março, aos 96,9 mil pontos, para os 118,0 mil pontos no final de junho, acumulando uma alta de 21,7%.

Analistas falam de temporada de resultados, que termina nesta semana, como fundamental para entender em qual momento as empresas chegarão ao ciclo de corte de juros.

Para o Bradesco BBI, a BRF deve apresentar um impacto negativo da recente apreciação do real em relação ao dólar para as exportações e refletir uma recente queda nos preços do frango no mercado doméstico devido ao excesso de oferta.

“Embora nossa estimativa para o Ebitda do 2T23 esteja 33% abaixo do consenso da Bloomberg, acreditamos que as expectativas do buy side estejam em aproximadamente R$ 800-900 milhões, pois os investidores parecem já ter incorporado a recente fraqueza no mercado de frango”, disse.

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Segundo o analista Luis Novaes, da Terra Investimentos, os últimos trimestres da empresa foram marcados pelos efeitos negativos da alta alavancagem, que tornaram a lucratividade baixa.

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Com o aumento de capital recente, no valor de R$ 5,4 bilhões, e outras medidas tomadas pela administração, o mercado espera que os resultados trimestrais tragam consigo sinalizações de uma recuperação no futuro”, explicou.

Ainda assim, a BRF deve registrar um prejuízo de R$ 245 milhões, de acordo com o consenso da Bloomberg. O BTG aponta para prejuízo de R$ 560 milhões e lucro para a Marfrig de R$ 27 milhões.

A Marfrig, que também divulga balanço nesta semana, é o principal acionista da BRF, com uma fatia de 38,7% do capital.

IRB

O IRB está abaixo da previsão de lucro líquido de R$ 73 milhões no segundo trimestre, após apresentar prejuízo líquido de R$ 10,4 milhões em maio e lucro líquido de R$ 6 milhões em abril, disse o BTG.

Os números são influenciados principalmente por resultados de subscrição mais fracos, já que os custos de sinistros e aquisição aumentaram na base mensal, de acordo com os analistas Eduardo Rosman e equipe.

O BTG chegou a rebaixar o IRB novamente para venda depois de um rali em 2023, ponderou que espera uma recuperação da empresa, mas disse que a volta por cima não será uma “linha reta”.

De acordo com consenso da Bloomberg, o IRB deve apresentar um lucro de R$ 44 milhões no segundo trimestre.

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