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BRF avança após vender participação na SATS BRF Food por R$ 51 milhões

05 set 2019, 14:35 - atualizado em 05 set 2019, 14:37
A companhia anunciou acordo para a venda de 49% de sua participação na SATS BRF Food para a SATS Food Services (Imagem: Victor Moriyama/Bloomberg)

Por Investing.com 

No começo da tarde desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da BRF (BRFS3) eram negociadas com alta de 0,40% a R$ 38,04, por volta das 12h20. Mais cedo, a companhia anunciou acordo para a venda de 49% de sua participação na SATS BRF Food para a SATS Food Services pelo equivalente a R$ 51 milhões.

A SATS BRF Food desenvolve atividades de processamento e distribuição de alimentos em Cingapura e região e, de acordo com comunicado da SATS, após a aquisição, se tornará uma subsidiária integral da SATS Food Services e terá o nome trocado para Country Foods.

O acordo inclui a assinatura de um novo contrato de distribuição e licenciamento de marcas pertencentes à BRF em Cingapura.

“Referida alienação integra o Plano de Reestruturação Operacional e Financeira… cujo objetivo é acelerar o processo de desalavancagem financeira da companhia, bem como focar em seus mercados-chave, sendo estes o Brasil, o mercado Halal e o mercado asiático”, disse a BRF.

No segundo trimestre, a BRF apresentou um crescimento de 12,5% em receitas no mercado Halal, na comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, o melhor resultado ficou para os mercados internacionais em meio ao surto de febre suína africana. O volume aumentou 9,9% e o preço médio, 33% em reais. Dessa forma, a receita desse segmento saltou 46%.

Em texto enviado a assinantes, Diana Stuhlberger, analista da Eleven Financial, lembra que a BRF não pretende realizar grandes investimentos de olho no surto de febre suína no continente asiático, pois esse impacto de maior demanda brasileira e a substituição de carne suína pelo frango deve ser temporário.

A estratégia de desalavancagem foi a grande surpresa do balanço do segundo trimestre, segundo a Eleven. “No segundo trimestre, a surpresa positiva foi a forte redução da alavancagem”. O movimento ocorreu com “gestão de ativos e passivos, além do recebimento do valor referente à venda de ativos na Europa e Tailândia, bem como a geração de caixa operacional de R$ 1,2 bilhão no período”, detalhou a casa de análise.