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BRF alerta para desafios de testes de coronavírus em produtos, mas garante segurança

13 ago 2020, 15:40 - atualizado em 13 ago 2020, 15:40
Executivos da BRF disseram que a empresa gastou milhões para controlar e prevenir a disseminação do vírus (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A testagem de produtos para aferir uma potencial contaminação por coronavírus, como quer a China, é um processo “extremamente complexo”, disseram executivos da BRF (BRFS3) nesta quinta-feira, acrescentando que a empresa perdeu negócios de exportação no segundo trimestre em meio à pandemia.

Os executivos afirmaram que apesar das dificuldades logísticas para testar as cargas de alimentos, a empresa pode garantir que seus produtos são seguros para o consumo, pois eles são produzidos em fábricas “higienizadas”.

Após surtos da doença, incluindo em uma fábrica de produtos de carne suína na cidade de Lajeado e em uma de carne de frango em Dourados, a China barrou exportações das duas instalações da BRF.

Executivos da BRF disseram que a empresa gastou milhões para controlar e prevenir a disseminação do vírus, confirmando que maiores despesas relacionadas à Covid-19 pesaram em seu desempenho financeiro do segundo trimestre.

Os executivos também disseram que não há funcionários da empresa que testaram positivo para Covid-19 atualmente trabalhando em suas fábricas.

“Sem dúvida que existem casos de Covid em frigoríficos”, disse o presidente-executivo da BRF, Lorival Luz, em conversa com jornalistas.

Ele não comentou se algum funcionário da BRF morreu da doença, mas afirmou que qualquer pessoa que teste positivo é imediatamente afastada do trabalho nas fábricas da empresa.

Na quarta-feira, a BRF informou que teve que suspender preventivamente, com remuneração, cerca de 8.200 funcionários, após o início da pandemia.

A empresa contratou cerca de 6.700 trabalhadores temporários para substituir aqueles em grupos de risco, enquanto também suspendeu outros funcionários potencialmente infectados após fazer uma busca ativa de casos.