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Brave dá de dez a zero em navegadores tradicionais

27 fev 2020, 10:26 - atualizado em 26 maio 2020, 10:17
Conforme o mundo se dá conta da importância da privacidade de dados on-line, são muitas as críticas aos gigantes da tecnologia e de empresas de redes sociais. Será que os navegadores serão os próximos? (Imagem: Twitter/Brave Software)

Douglas Leith, professor da Universidade de Dublin, na Irlanda, publicou um estudo afirmando que seis dos navegadores mais populares — incluindo Google Chrome, Mozilla Firefox, Apple Safari e Microsoft Edge —, compartilham seus dados pessoais com suas empresas-mãe, junto com os dados que identificam a localização do usuário.

O único navegador que preserva a privacidade do usuário e não envia dados para a empresa-mãe é o Brave.

“Brave é, sem dúvidas, o navegador mais privado dentre os estudados”, afirma Leith.

“Não encontramos nenhum uso de identificadores que permitem o rastreamento de endereços de IP ao longo do tempo nem o compartilhamento dos detalhes de páginas da web visitadas com servidores de back-end (de gerenciamento do conteúdo).”

Edge e Yandex são os que oferecem menos privacidade

A maioria dos navegadores foram criados para armazenar dados, como histórico de navegação e credenciais de login, por conveniência.

Esses dados são automaticamente transmitidos de volta para a empresa, onde são armazenados em servidores e podem ser compartilhados com agências governamentais ou parceiros comerciais. Podem até mesmo cair nas mãos erradas caso haja violação de dados.

Microsoft Edge e Yandex são os navegadores menos confiáveis, seguidos do Chrome, Firefox e Safari (Imagem: Crypto Times)

O estudo descobriu que Edge e Yandex (o “Google da Rússia”) são os navegadores “menos privados”, seguidos do Chrome, Firefox e Safari, e que Brave é o único navegador que não compartilhou detalhes de páginas visitadas com servidores de back-end.

“Sob a ótica da privacidade, Edge e Yandex são muito mais preocupantes do que os outros navegadores estudados”, afirma o professor.

Esse reconhecimento representa uma vitória inicial para o navegador Brave com foco em privacidade, que lançou sua versão completa 1.0 em novembro de 2019 após vários anos na versão beta.

Com oito milhões de usuários mensais, a base de usuários do Brave continua sendo uma fração do um milhão de usuários do Chrome.

Mas o modelo inovador do navegador, que usa o Basic Attention Token (BAT) para a geração de receita, parece estar ganhando força.

Gráficos do site de rastreamento BATGrowth mostram uma curva saudável de crescimento.

O número de divulgadores que usam a rede de anúncios chegou a mais de 370 mil em janeiro de 2020, acompanhado de um aumento estável no número de endereços de carteira na rede BAT.

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