Brava Energia (BRAV3) inicia produção na FPSO Atlanta dois dias após a liberação da ANP
A Brava Energia (BRAV3) informou que extraiu o primeiro óleo do campo FPSO Atlanta, localizado na bacia de Santos, nesta quarta-feira (1º).
O anúncio marca o início da produção da plataforma, que foi liberada na última segunda-feira (30) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Após a conexão e partida dos dois primeiros poços, a produção estabilizou em cerca de 20 mil barris por dia (bpd), informou a companhia.
Com o marco, a Brava se torna a primeira companhia independente de petróleo e gás do país a desenvolver um sistema de produção em águas profundas desde a fase inicial.
“O primeiro óleo de Atlanta é um marco para a Brava e reafirma nossa estratégia de geração de valor. A Brava é a primeira e única empresa independente do País a desenvolver um sistema greenfield de produção em águas profundas. Trabalhamos muito para chegar a esse momento”, disse em nota o presidente da petroleira, Décio Oddone.
Brava Energia: FPSO Atlanta
A companhia também informou que investirá cerca de US$ 1,2 bilhão no projeto.
O FPSO Atlanta tem capacidade para produzir até 50 mil barris de óleo por dia, de tratar até 140 mil barris de água por dia e de estocar até 1,6 milhão de barris de petróleo.
Na primeira fase do chamado Sistema Definitivo, até meados de 2025, seis poços serão conectados ao FPSO Atlanta. O Sistema Definitivo substitui o FPSO Petrojarl I, que operava com três poços no Sistema de Produção Antecipada.
“Atlanta é um projeto notável e a sua concretização representa o alcance de um dos nossos principais objetivos de curto prazo. O Sistema Definitivo aumentará substancialmente a produção e a resiliência da companhia”, disse o diretor de Operações Offshore da Brava, Carlos Mastrangelo.
“Esse resultado só foi possível graças a um ambiente de trabalho colaborativo entre o nosso time e as equipes da OneSubsea, Yinson, Baker Hughes, Sapura, Prysmian, Constellation, entre outras”, acrescentou.
A Brava Energia, ao reutilizar parte do aço existente, evitou a emissão de mais de 100 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) nas obras de adaptação do FPSO Atlanta.
Outras medidas como a recuperação de calor residual dos gases de exaustão das turbinas, a inertização de tanques de carga com hidrocarbonetos; a integração energética para aumento da eficiência e o uso do óleo de Atlanta como alternativa ao diesel também foram adotadas.
O FPSO Atlanta terá ainda um processo eficiente de gestão de carbono, o que reduzirá significativamente as emissões de gases que provocam o efeito estufa.
Na gestão de integridade, será a primeira unidade a operar com sistema de cálculos estruturais em tempo real (Digital Twin), propiciando maior previsibilidade no gerenciamento da integridade do FPSO.
O acordo para construção e operação do navio foi firmado com a Yinson Production, em fevereiro de 2022. Em julho de 2023, a Yinson Production exerceu sua opção de compra do FPSO Atlanta. O exercício da opção deu início a vigência dos contratos de afretamento, operação e manutenção por até 20 anos.
*Com informações de Estadão Conteúdo