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Brava Energia (BRAV3) tem mais um dia de queda na Bolsa, sob peso do petróleo; petrolíferas caem em bloco

10 set 2024, 16:40 - atualizado em 11 set 2024, 7:35
brava energia
Brava Energia e outras petrolíferas caem no pregão desta terça-feira (10) (Imagem: Divulgação)

A ex-3R Petroleum, agora Brava Energia (BRAV3), enfrenta mais um dia de queda na Bolsa, marcando o segundo dia com o novo nome e ticker sob o peso da queda do petróleo.

A companhia passou sufoco no pregão desta terça-feira (10) entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV). Os papéis recuaram 2,28%, a R$ 21,45.



O movimento da Brava, no entanto, não é isolado. As petrolíferas caem em bloco nesta terça, impactadas pelo petróleo Brent, que acelerou as perdas e opera com queda de 4%, renovando o menor nível desde dezembro de 2021, com o aumento da aversão ao risco em Nova York.

Por volta 16h15, Petrobras (PETR3) recuava 2,10%, a R$ 40,77, Ultrapar (UGPA3) recuava 3,45%, a R$ 22,97 e PetroReconcavo (RECV3) caía 1,58%, a R$ 18,76.

João Abdouni, analista da Levante, destaca que a Brava, entre as empresas do setor, tem o maior custo de extração. Dessa forma, sofre mais com o tombo da commodity.

A forte queda acontece após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos reduzir a projeção para o preço médio do Brent de US$ 84,44 para US$ 82,80 em 2024.

Para o WTI, as estimativas para o preço do barril foram cortadas de US$ 80,21 para US$ 78,80.

Mais cedo, o vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Michael Barr anunciou novas propostas de regulamentação e exigências sobre o setor bancário — o que levou a deterioração das bolsas em Wall Street puxada pelas ações de bancos.

Pela manhã, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou as projeções para o crescimento da demanda global pela commodity este ano e para 2025.

Em carta mensal, a Rio Bravo defende que a equação de oferta e demanda está sazonalmente apertada. No entanto, a tendência é que o Brent permaneça entre US$ 70 e US$ 80 por barril em 2025.

Brava Energia está preparada para queda do petróleo?

Em entrevista ao Money Times, o CFO da Brava, Rodrigo Pizarro, afirmou que, no caso da 3R, o processo de aquisição de ativos foi realizado quando a curva de preços estava bem pior do que a atual.

Segundo ele, o modelo de negócios já foi pensado com uma curva de petróleo mais deprimida, que estabilizava em US$ 50.

Atualmente, qualquer modelo ou previsão de empresas, bancos ou instituições indica que a previsão de preços está acima de US$ 60, normalmente acima de US$ 65, e em alguns casos acima de US$ 70 no longo prazo.

Nesse aspecto, há bastante conforto em relação ao portfólio, tanto da 3R quanto ao principal ativo que veio da Enauta, o Atlanta. Estes são ativos muito resilientes a preços de petróleo baixos.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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