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Brava Energia (BRAV3) salta 6% nesta sexta (31), mas perde força após a Fluxus, da J&F, desistir de oferta por ativos onshore

31 jan 2025, 15:04 - atualizado em 31 jan 2025, 18:34
Brava energia j&f
A Fluxus, do grupo J&F, holding da família Batista, desistiu de oferta por ativos onshore da Brava Energia (Imagem: REUTERS/Vasily Fedosenko)

As ações da Brava Energia (BRAV3) operaram na liderança positiva do Ibovespa (IBOV) durante boa parte do pregão desta sexta-feira (31), com uma possível venda de ativos onshore para a empresa brasileira de petróleo e gás Fluxus, do grupo J&F, holding da família Batista. 

No entanto, a Fluxus informou nesta tarde a desistência da oferta pelos ativos. Em nota, a companhia esclareceu que foi convidada a participar do processo competitivo por determinados ativos terrestres da Brava Energia e, posteriormente, para seguir para a segunda fase.

Neste segundo momento, a Fluxus assinaria acordo de confidencialidade e teria acesso às informações necessárias para a formulação de uma proposta vinculante. Contudo, após análises preliminares, decidiu não seguir no processo.

Com isso, o avanço das ações BRAV3 arrefeceu e os papéis encerram com leve alta de 0,76%, a R$ 22,43. Acompanhe o tempo real.



A Brava, que surgiu a partir da fusão entre a 3R Petroleum (RRRP3) e a Enauta, informou no início de janeiro o recebimento de propostas para a aquisição de ativos do portfólio onshore e de águas rasas da companhia.

Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a petrolífera obteve recentemente cinco propostas não vinculantes. O mercado avalia os ativos onshore da Brava em cerca de US$ 2 bilhões.

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Do lado dos ativos offshore…

Além disso, permanece no radar do mercado o anúncio, feito na quinta-feira (30), de uma mudança na diretoria estatuária de operações offshore (realizadas em alto mar) da companhia, prevista para abril de 2025.

O atual diretor, Carlos Ferraz Mastrangelo, informou ao conselho intenção de encerrar o mandato em abril, por motivos pessoais, já tendo concluído marcos como a implantação e o início de operação do Sistema Definitivo de produção do Campo de Atlanta.

Para a transição, o conselho de administração da Brava aprovou Carlos José do Nascimento Travassos para assumir o cargo. A partir desta quinta, Travassos será nomeado como diretor-adjunto não-estatutário, com a oficialização da sua indicação como diretor estatutário prevista para ocorrer até abril.

O Citi considera a mudança positiva e reiterou compra para os papéis.

Na avaliação de Rafael Passos, sócio-fundador da Ajax Asset, esse movimento é fundamental para desalavancagem da Brava. Além disso, destaca que Travassos mantém excelente histórico no setor.

*Com informações da Reuters

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.