Brava Energia (BRAV3) salta 6% nesta sexta (31), mas perde força após a Fluxus, da J&F, desistir de oferta por ativos onshore
As ações da Brava Energia (BRAV3) operaram na liderança positiva do Ibovespa (IBOV) durante boa parte do pregão desta sexta-feira (31), com uma possível venda de ativos onshore para a empresa brasileira de petróleo e gás Fluxus, do grupo J&F, holding da família Batista.
No entanto, a Fluxus informou nesta tarde a desistência da oferta pelos ativos. Em nota, a companhia esclareceu que foi convidada a participar do processo competitivo por determinados ativos terrestres da Brava Energia e, posteriormente, para seguir para a segunda fase.
Neste segundo momento, a Fluxus assinaria acordo de confidencialidade e teria acesso às informações necessárias para a formulação de uma proposta vinculante. Contudo, após análises preliminares, decidiu não seguir no processo.
- E MAIS: Temporada de balanços já começou – confira as perspectivas do 4T24 na visão dos analistas do BTG Pactual
Com isso, o avanço das ações BRAV3 arrefeceu e, por volta de 14h40 (horário de Brasília), subia 2,47%, a R$ 22,81. Acompanhe o tempo real.
Na máxima do dia, os papéis da Brava saltaram 6,24%, a R$ 23,65.
A Brava, que surgiu a partir da fusão entre a 3R Petroleum (RRRP3) e a Enauta, informou no início de janeiro o recebimento de propostas para a aquisição de ativos do portfólio onshore e de águas rasas da companhia.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a petrolífera obteve recentemente cinco propostas não vinculantes. O mercado avalia os ativos onshore da Brava em cerca de US$ 2 bilhões.
Do lado dos ativos offshore…
Além disso, permanece no radar do mercado o anúncio, feito na quinta-feira (30), de uma mudança na diretoria estatuária de operações offshore (realizadas em alto mar) da companhia, prevista para abril de 2025.
O atual diretor, Carlos Ferraz Mastrangelo, informou ao conselho intenção de encerrar o mandato em abril, por motivos pessoais, já tendo concluído marcos como a implantação e o início de operação do Sistema Definitivo de produção do Campo de Atlanta.
Para a transição, o conselho de administração da Brava aprovou Carlos José do Nascimento Travassos para assumir o cargo. A partir desta quinta, Travassos será nomeado como diretor-adjunto não-estatutário, com a oficialização da sua indicação como diretor estatutário prevista para ocorrer até abril.
O Citi considera a mudança positiva e reiterou compra para os papéis.
Na avaliação de Rafael Passos, sócio-fundador da Ajax Asset, esse movimento é fundamental para desalavancagem da Brava. Além disso, destaca que Travassos mantém excelente histórico no setor.
*Com informações da Reuters