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Brava Energia (BRAV3), ex-3R Petroleum, lidera Ibovespa após dados de produção e avanço no FPSO Atlanta

11 set 2024, 12:55 - atualizado em 11 set 2024, 17:36
brava energia
Brava Energia desponta entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira (11) (Imagem: Divulgação)

A Brava Energia (BRAV3), ex-3R Petroleum, chegou a liderar as altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta quarta-feira (11), após a companhia reportar seus dados da produção de agosto e avanço na operação do FPSO Atlanta.

Os papéis perderam levemente o ímpeto ao longo do pregão e encerraram o dia com avanço de 5,03%, a R$ 22,53.



Na terça-feira (10), a companhia reportou uma produção consolidada de petróleo e gás de 56,6 mil boe/d, um aumento de 3% em relação ao valor de julho de 54,9 mil boe/d.

Somando a isso, a companhia informou ao mercado que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu a licença de operação do FPSO Atlanta.

Dessa maneira, agora a Brava busca atender os pedidos para a autorização pendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para iniciar a produção na nova plataforma.

Na avaliação do BTG Pactual, os números de produção permanecem abaixo das expectativas e abaixo do potencial da empresa, embora reflitam a parada de manutenção no campo Papa Terra, que foi parcialmente compensada pela retomada da produção no campo de Atlanta.

“No entanto, acreditamos que os investidores se concentrarão no progresso alcançado no início das operações no FPSO Atlanta. Enquanto a BRAV ainda aguarda a aprovação da ANP, a concessão da licença ambiental é um desenvolvimento positivo e aumenta a confiança de que o primeiro óleo do FPSO Atlanta pode ser iminente”, ponderam.

A plataforma tem capacidade de produção de 50kb/d e é crucial para elevar a produção da BRAV acima de 100kboe/d até o primeiro semestre de 2025, afirmam os analistas do BTG, que seguem enxergando um potencial de crescimento significativo para a Brava Energia, mas ponderam que o aumento de produção esperado nos próximos meses é fundamental para melhorar a geração de caixa da empresa.

O banco destaca ainda que existem riscos crescentes de execução, além de alguns desafios operacionais, como a interrupção da produção no campo Papa Terra, que combinados com o processo contínuo de conexão e desconexão de poços entre os FPSOs Atlanta e Petrojarl, podem levar a um período de volatilidade de produção além das expectativas do mercado.

Por fim, ressaltam que a fase final do plano de instalação do FPSO Atlanta está prevista para começar nas próximas semanas. “É por isso que, relativamente, preferimos outros nomes como PRIO. No atual ambiente de preços baixos do petróleo, acreditamos que a BRAV se encontra em uma posição um tanto vulnerável devido ao seu custo de equilíbrio geral mais elevado.”

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Para a XP Investimentos, apesar do ligeiro aumento mensal, a produção da petrolífera permanece bem abaixo dos níveis anteriores, como os 65 kbd registrados no segundo trimestre de 2024.

“No entanto, acreditamos que o mercado antecipou amplamente esse resultado, especialmente em Papa-Terra. Além disso, a produção em Papa-Terra foi interrompida novamente no dia 4 de setembro devido a exigências regulatórias, o que esperamos que tenha um impacto adicional nos números de produção de setembro.”

Em relação ao campo de Atlanta, avaliam a notícia positiva, pois elimina o risco de atrasos associados à licença do Ibama.

A expectativa da casa é de que o FPSO Atlanta poderá iniciar a produção em outubro. No entanto, pontuam que o primeiro óleo ainda depende da obtenção da licença de operação da ANP, o que pode acarretar mais atrasos.

“Consideramos a entrada em operação do FPSO Atlanta como o principal fator da Brava para a criação de valor e o crescimento da produção no curto prazo.”

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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