Brava Energia (BRAV3) esclarece rumores sobre produção no campo de Atlanta
A Brava Energia (BRAV3) esclareceu ao mercado que os dois novos poços em produção de Atlanta seguem em processo de estabilização e registraram produção aproximada de 23 mil barris de óleo equivalente nas últimas 24 horas, em linha com as expectativas da companhia.
O posicionamento enviado via Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ocorre após circular na mídia que a petrolífera teria dobrado a produção com desempenho positivo do Campo de Atlanta.
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A companhia informou que extraiu o primeiro óleo do campo FPSO Atlanta, localizado na bacia de Santos, em 1 de janeiro. O anúncio marcou o início da produção da plataforma, que foi liberada no fim de dezembro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No comunicado desta terça-feira (7), a Brava pontuou que, conforme divulgado na apresentação de resultados do terceiro trimestre de 2024, a conexão dos quatro poços remanescentes em Atlanta, os quais produziram anteriormente através do FPSO Petrojarl, ocorrerá em duas etapas, sendo a primeira (poços 4H e 5H) com previsão de término no final do primeiro trimestre de 2025 e a segunda (poços 2H e 3H) com previsão de término no final do segundo trimestre deste ano.
Até o momento, a companhia afirma que não há previsão para antecipação desse cronograma.
“A Brava reforça que atualizações acerca da performance operacional e produção da companhia serão tratadas no comunicado de produção divulgado mensalmente.”
Brava Energia: FPSO Atlanta
Na última semana, a Brava informou que investirá cerca de US$ 1,2 bilhão no projeto. O FPSO Atlanta tem capacidade para produzir até 50 mil barris de óleo por dia, de tratar até 140 mil barris de água por dia e de estocar até 1,6 milhão de barris de petróleo.
“Atlanta é um projeto notável e a sua concretização representa o alcance de um dos nossos principais objetivos de curto prazo. O Sistema Definitivo aumentará substancialmente a produção e a resiliência da companhia”, disse o diretor de Operações Offshore da Brava, Carlos Mastrangelo.
“Esse resultado só foi possível graças a um ambiente de trabalho colaborativo entre o nosso time e as equipes da OneSubsea, Yinson, Baker Hughes, Sapura, Prysmian, Constellation, entre outras”, acrescentou.
A Brava Energia, ao reutilizar parte do aço existente, evitou a emissão de mais de 100 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) nas obras de adaptação do FPSO Atlanta.
Outras medidas como a recuperação de calor residual dos gases de exaustão das turbinas, a inertização de tanques de carga com hidrocarbonetos, a integração energética para aumento da eficiência e o uso do óleo de Atlanta como alternativa ao diesel também foram adotadas.
O FPSO Atlanta terá ainda um processo eficiente de gestão de carbono, o que reduzirá significativamente as emissões de gases que provocam o efeito estufa.
Na gestão de integridade, será a primeira unidade a operar com sistema de cálculos estruturais em tempo real (Digital Twin), propiciando maior previsibilidade no gerenciamento da integridade do FPSO.
O acordo para construção e operação do navio foi firmado com a Yinson Production, em fevereiro de 2022. Em julho de 2023, a Yinson Production exerceu sua opção de compra do FPSO Atlanta. O exercício da opção deu início a vigência dos contratos de afretamento, operação e manutenção por até 20 anos.
*Com informações de Estadão Conteúdo e Liliane de Lima