Brava (BRAV3) dispara após contratos para campanha integrada; BBA aponta 2 gatilhos para ação e calcula potencial de 146%
A Brava Energia (BRAV3) informou ao mercado que assinou em novembro os principais contratos para a primeira campanha integrada de desenvolvimento em Atlanta e Papa-Terra, com opção de desenvolvimento de Malombe por meio de uma interligação à Peroa (tieback).
Conforme o comunicado da companhia, a campanha terá início no quarto trimestre de 2025, com previsão das primeiras conexões de poços em 2026.
- VEJA MAIS: Tesouro IPCA+ 2045 sofre queda pior que a do Ibovespa em 2024 – hora de fugir dos títulos indexados à inflação?
Em reação, as ações da petrolífera performaram como a maior alta do Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (26), com avanço de 9,33%, a R$ 20,86.
Segundo a Brava, a campanha consistirá na perfuração e interligação de dois poços em Atlanta e dois poços em Papa Terra, com a possibilidade de perfuração de um poço em Malombe, que tem a decisão final de investimento prevista para o segundo trimestre de 2025.
O processo ocorrerá na seguinte forma:
- Sonda: contratação da sonda Lone Star da Constellation Oil Services para perfuração e completação de quatro poços, com a possibilidade de um quinto poço a ser definido pela
Brava. - Árvore de Natal Molhada (ANM): aquisição de duas ANMs para o campo de Atlanta. Papa-Terra e Malombe já contam com os equipamentos disponíveis.
- Linhas Flexíveis e Risers: aquisição de linhas e risers destinados aos poços de Atlanta, com opção
para Malombe. Os poços de Papa-Terra utilizarão linhas existentes.
O valor desses contratos, referentes aos quatro primeiros poços, é de aproximadamente US$ 200 milhões (ou cerca de US$ 147 milhões, se considerado 80% em Atlanta e 62,5% em Papa-Terra).
O cronograma de desembolso será baseado em marcos contratuais, com previsão da seguinte forma: cerca de 9% do valor total no primeiro semestre de 2025, 12% no segundo semestre de 2025, 72% em 2026 e 7% no primeiro semestre de 2027.
“A assinatura dos contratos é uma etapa importante para o desenvolvimento de projetos da companhia e assegura a disponibilidade de equipamentos e serviços essenciais para o aumento do fator de recuperação dos seus principais campos offshore”, diz a Brava.
Quais os gatilhos para a Brava Energia?
Na avaliação do Itaú BBA, o valor do contrato está alinhado com as expectativas recentemente declaradas da empresa de boas métricas de capex para a campanha de perfuração, de aproximadamente US$ 50 milhões por poço, indicando os ganhos de escala de uma campanha integrada.
Os analistas da casa apontam dois principais gatilhos para as ações até o final do ano, sendo a primeira autorização principal de petróleo de Atlanta — esperada para o final de novembro — e a retomada das operações em Papa Terra — esperada para dezembro.
O BBA tem classificação “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para BRAV3, com preço-alvo de R$ 47 para 2025, o que implica em um potencial de valorização de 146,14%, considerando o preço de fechamento em 25 de novembro de 2024.