Brava (BRAV3): BTG mantém ‘compra’, mas aponta 3 outras preferências no setor; confira
A Brava Energia (BRAV3) divulgou sua produção de outubro na terça-feira (19), com uma produção consolidada de petróleo e gás atingindo 45,1 mil boe/d, queda de 11,4% na base mensal. O resultado sofreu impacto do desempenho mais fraco em seu portfólio offshore.
Analistas do BTG Pactual destacam que, no offshore, o recuo se deve principalmente à paralisação da produção em Papa Terra e à queda mensal de 50% na produção de Atlanta para 7kb/d, após o descomissionamento do FPSO Petrojarl no final do mês.
Além disso, a expectativa é de que a produção de Manati seja retomada apenas no primeiro trimestre de 2025 — anteriormente 4T24.
Já no onshore, Potiguar teve o melhor desempenho, entregando 25,9 mil boe/d (+9% m/m), enquanto a produção do Recôncavo caiu 2,7% no mês para 8,8 kboe/d.
Na avaliação do banco, apesar de os números de outubro terem vindo fracos, já eram amplamente esperados, tornando este um não-evento.
“O desempenho onshore foi encorajador, uma vez que a evolução mensal provavelmente reflete o aumento da atividade de recondicionamento nos últimos meses e uma melhor confiabilidade operacional”.
Para os analistas, esses ativos continuam críticos para sustentar a geração de fluxo de caixa da empresa, especialmente porque a fase de transição offshore provavelmente continuará pressionando o fluxo de caixa para o acionista da Brava no quarto trimestre.
O banco acredita que o mercado necessitará de meses adicionais para confirmar uma tendência positiva sustentável, e não preveem um crescimento substancial da produção onshore muito além dos níveis de outubro (+5-10%).
“Esperamos um ritmo de perfuração mais lento e uma mudança de foco em direção a ativos offshore em 2025”, dizem os analistas.
Hora de investir na Brava Energia?
Olhando para o futuro, o BTG visualiza uma trajetória clara de melhoria operacional e acredita que a produção consolidada de P&G atingirá níveis muito maiores ao final do primeiro semestre de 2025, provavelmente perto de 80 kboe/d.
No entanto, os analistas colocam que a Brava continua sendo uma história do tipo “mostre-me”, com
tolerância limitada a contratempos de produção de curto prazo.
Embora reconheçam o potencial de valorização significativo a longo prazo das ações, devido ao ambiente de preços baixos do petróleo e alto custo de capital, os analistas favorecem a exposição ao setor através de Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) ou PetroReconcavo (RECV3).
Para Brava, a recomendação também é de compra, com preço-alvo de R$ 52.