Braskem registra queda com subsidiária realizando primeira importação de etano
A Braskem (BRKM5) divulgou comunicado ao mercado nesta segunda-feira informando que sua joint-venture com o grupo mexicano Idesa atingiu um importante marco com a importação da primeira carga de etano, matéria-prima para a produção de polietileno no Complexo Petroquímico do México.
Por volta das 12h54, as ações da companhia perdiam 0,57% a R$ 31,60.
“Com investimento aproximado de 4 milhões de dólares, esta solução complementar para aquisição de matéria-prima permite a importação de até 12.800 barris por dia de etano para o Complexo Petroquímico do México, equivalente a 19% da sua necessidade de matéria-prima”, afirmou a petroquímica em comunicado ao mercado.
Maior projeto petroquímico privado do México, a Braskem Idesa, produtora de polietileno controlada pela Braskem, levantou US$ 900 milhões com sua primeira emissão de bônus no mercado internacional. Os recursos serão usados para liquidar dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os bancos de fomento mexicanos Nacional Financiera (Nafin) e Banco Nacional de Comercio Exterior SNC (Bancomext).
No final do ano passado, Braskem Idesa informou a quitação de um empréstimo de US$ 623 milhões com o BNDES referente ao projeto Etileno XXI, que produziu o primeiro lote de polietileno em abril de 2016 no Estado mexicano de Veracruz. No total, o complexo petroquímico demandou investimentos de US$ 5,2 bilhões.
Em nota, a Braskem Idesa informou que os recursos captados com o bônus, que tem vencimento em 2029 e cupom de 7,45%, serão usados também para reduzir compromissos com outros credores. Há alguns meses, a companhia obteve o perdão de bancos credores pelo não cumprimento de prazos relacionados à construção do projeto.
De janeiro a setembro de 2019, a receita líquida da Braskem Idesa somou R$ 2,27 bilhões, com queda de 20% na comparação anual. A operação tem sido afetada pela limitação da estatal petrolífera Pemex no fornecimento de etano para o complexo petroquímico. Diante disso, a empresa está investindo US$ 2,4 milhões para importar etano dos Estados Unidos e, dessa forma, ampliar a ocupação da central petroquímica. As linhas de polietileno podem produzir pouco mais de 1 milhão de toneladas por ano.