Braskem (BRKM5): Por que UBS BB não vê mais oportunidade de compra? Ações caem 3%
As ações da Braskem (BRKM5) recuavam 3,04%, a R$ 22,66, na abertura do pregão desta quinta-feira (18), após o UBS BB rebaixar a recomendação das ações de “compra” para “neutro“. O banco manteve o preço-alvo dos papéis em R$ 26.
BRKM5 negocia a 5,5 vezes o EV/Ebitda esperado para 2024, “o que implica um potencial de alta limitado”, afirmam Luiz Carvalho e a equipe do UBS.
Os analistas reconhecem que o recente desempenho positivo das ações foi impulsionado em partes pelos valores da oferta de compra da Braskem pela Apollo, não pelos fundamentos. Só neste mês, os papéis valorizaram 15,41% até o último fechamento (17).
O UBS também reduziu as estimativas de Ebitda e lucro líquido da Braskem para 2023. O banco incorporou em sua análise os resultados do primeiro trimestre do ano e as estimativas mais recentes da Comissão de Meio Ambiente (CMA).
Agora, os analistas esperam que a empresa reporte Ebtida de R$ 8,8 bilhões ao final de 2023 e prejuízo de R$ 218 milhões. As mudanças são impulsionadas pela normalização mais lenta nos spreads, dizem.
Os possíveis destinos para a Braskem
Embora a Novonor tenha confirmado que recebeu uma proposta da Apollo pela Braskem, os analistas do UBS BB sinalizam outras possíveis ofertas, com valores mais altos e risco positivo.
A Petrobras (PETR4), ao invés de ser uma potencial vendedora, passou a se tornar uma eventual compradora. As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstram o interesse em aumentar o controle da Petrobras sobre setores e empresas estratégicas.
O UBS enxerga quatro possíveis desfechos para a saga:
- Novonor, credores e Petrobras recusam a oferta da Apollo;
- Petrobras não aceita a oferta por sua participação, mas Novonor e credores avançam;
- Novonor, credores e Petrobras aceitam a proposta; e
- Petrobras contraria a oferta usando seu direito de preferência para adquirir participações adicionais na Braskem.