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Braskem (BRKM5): Diretor admite responsabilidade da empresa no afundamento do solo em Maceió

11 abr 2024, 15:36 - atualizado em 11 abr 2024, 15:36
braskem cpi
Fala da Braskem foi apontada como a primeira vez que um executivo admite responsabilidade pela tragédia ambiental (Imagem: Divulgação/Braskem)

Na quarta-feira (10), o diretor Global de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da Braskem (BRKM5), Marcelo Arantes, admitiu a responsabilidade da empresa no afundamento de solo em Maceió.

Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Arantes afirmou: “a Braskem tem a sua culpa nesse processo e nós assumimos a responsabilidade por isso”. Ele destacou ainda que todos os esforços estão sendo tomados pela empresa para mitigar danos.

Ele também negou que os moradores de Maceió tenham sido pressionados durante o processo de realocação e reparação com o pagamento de R$ 40 mil de danos morais por propriedade.

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O senador Rodrigo Cunha destacou que era a primeira vez que um executivo da Braskem assumia a responsabilidade pelo desastre, afirmando também que moradores estão recorrendo à justiça da Holanda, país que é sede da empresa

Por sua vez, o relator da CPI, o senador Rogério Carvalho, denunciou que a Braskem manipulou informações enviadas para as autoridades públicas, como multas de R$ 72 milhões, destacando que a Braskem não tinha um geólogo em sua equipe.

Hoje, as ações BRKM5 apresentavam queda de 0,41%, às 15h.

O que aconteceu com a Braskem?

Em 10 de dezembro de 2023, a mina 18 da empresa se rompeu na lagoa de Mundaú, no bairro de Mutange, na capital de Alagoas, afetando direta ou indiretamente 200 mil, segundo o governo do Estado. O solo afundou 1,8 metro em cinco dias.

De acordo com a Agência Pública, desde a década de 1970, a Braskem teria sido alertada por especialistas do risco de rompimento da mina de sal-gema, interrompendo a extração em 2019.

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