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Braskem (BRKM5) confirma avaliação de mudanças na diretoria; entenda

02 dez 2024, 9:34 - atualizado em 02 dez 2024, 9:34
braskem
(Imagem: Divulgação/Braskem)

O novo CEO da Braskem (BRKM5), Roberto Ramos, assume o comando da petroquímica nesta segunda-feira (02). Já neste primeiro dia, a companhia enviou fato relevante ao mercado confirmando que está avaliando determinadas estruturas e funções de diretorias — ou seja, mudanças devem ocorrer.

O comunicado veio após o colunista d’O Globo, Lauro Jardim, noticiar que Ramos estaria com uma mudança na diretoria engatilhada já para os primeiros dias à frente da empresa, retornando Emílio Odebrecht ao quadro.

Vale lembrar que a Novonor — antiga Odebrecht — é a acionista controladora da petroquímica.

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“O seu novo Diretor Presidente, Sr. Roberto Prisco Paraíso Ramos, com o objetivo de buscar acelerar a implementação de iniciativas de eficiência para enfrentamento ao ciclo de baixa petroquímico, alinhadas com o atual direcionamento estratégico, está avaliando determinadas estruturas e funções das diferentes diretorias da companhia, embora não haja, até esta data, decisão a respeito”, diz o fato relevante.

Venda da Braskem pela Novonor vai acontecer?

O governo e bancos estão discutindo soluções para acelerar a saída da Novonor do controle da Braskem, disseram pessoas familiarizadas com as negociações à Reuters.

A Novonor tem sido pressionada a desinvestir desde que colocou suas ações da Braskem como garantia de R$ 15 bilhões em dívidas bancárias durante a operação “Lava Jato”, incluindo dinheiro devido ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES.

Em vez de uma simples troca de dívida da Novonor por ações da Braskem, como proposto inicialmente, a ideia hoje entre os credores é consolidar essas ações em um fundo de participação privada (FIP) controlado pelos bancos.

O FIP proposto seria administrado por um executivo experiente com capital e conhecimento para fazer investimentos, visando o crescimento da empresa e, potencialmente, aumentando o seu valor de mercado, disseram três pessoas à Reuters, que pediram anonimato porque as negociações são privadas.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do BNDES, está liderando algumas dessas negociações, disseram as fontes, com o objetivo de manter influência na empresa, por meio de um acordo de acionistas com a Petrobras, a segunda maior acionista da Braskem.

Os outros bancos credores da Braskem, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander, não quiseram comentar. A Novonor, que em maio disse em um comunicado que estava engajada na venda de sua participação na Braskem, também não quis comentar à reportagem da Reuters.

*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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