Braskem (BRKM5): Ação soma queda de 20% com volta de pesadelo em Maceió; o que fazer?
O papel da Braskem (BRKM5) desaba nesta sessão após a prefeitura de Maceió, em Alagoas, decretar estado de emergência devido um possível colapso da mina onde a empresa realizava extração de sal-gema.
Por volta das 12h35, o papel da companhia liderava as perdas do Ibovespa, com queda de 9,20%. Desde as máximas na semana, na quarta-feira, a ação soma tombo de 20%.
A prefeitura da cidade, em conjunto com o Ministério Público Federal, Ministério
Público Estadual de Alagoas e Defensoria Pública da União, move ação contra a empresa. As entidades pedem, entre outras coisas:
- a inclusão de novas áreas no programa de remanejamento e compensação financeira (com ajustes monetários) instituído pela BRKM na cidade de Maceió;
- e um programa de reparação de danos materiais e morais causados pela desvalorização de imóveis na região;
O valor total da ação chega a R$ 1 bilhão.
Em relatório do BTG, com o título de “ruído” interminável, lembra que é importante
ressaltar que ainda não está claro quanto dessa responsabilidade recairá sobre a prefeitura de Maceió.
“Além disso, acreditamos que relatórios e estudos técnicos são necessários para comprovar a necessidade de compensações adicionais”, coloca.
Mas de todo modo, o desastre geológico deixa a ação ainda mais arriscada, lembra o BTG.
“O mercado provavelmente atribui a possibilidade de que parte significativa desse valor se transforme em novas provisões, impactando ainda mais a capacidade de geração de caixa da empresa no curto prazo, em meio a um ciclo de spreads petroquímicos muito baixos”, coloca.
O Money Times entrou em contato com a Braskem e aguarda um posicionamento.
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O que fazer com o papel da Braskem?
Recentemente, o BTG já havia atualizado a recomendação da Braskem para neutro, “pois acreditamos que o principal catalisador de retorno das ações depende atualmente da possível venda da participação da Novonor na empresa”.
“Continuamos abordando as fusões e aquisições com cautela, pois não está claro para nós se os acionistas minoritários irão capturar os direitos de tag along se a venda prosseguir”, coloca.
Por fim, o banco diz que os spreads petroquímicos irão melhorar em 2024, “mas nosso modelo já incorpora um crescimento de 77% no ano no Ebitda para 2024. Mesmo assim, vemos a ação negociando a 8,7x EV/Ebitda (valor de firma sobre resultado operacional) no próximo ano”.